“É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida. As ações falam mais alto que as palavras.” (Abraham Lincoln)
Área de agropecuária cresce no Brasil o equivalente a três países em uma década
O IBGE divulgou hoje, 26 de julho, que os estabelecimentos agropecuários atualmente existentes no país ocupam uma área total de 350 milhões de hectares, um aumento de 5% em relação ao observado em 2006. Ou seja, o Brasil aumentou em 16,5 milhões de hectares sua área de plantio e pastagem nos últimos 11 anos. O resultado equivale a dizer que a agropecuária nacional somou aos seus domínios uma área equivalente aos territórios inteiros de Portugal, Bélgica e Dinamarca juntos. Os 16,5 milhões de hectares a mais na produção no período são equivalentes a toda a área do estado do Acre. Os dados constam de relatório preliminar do chamado Censo Agro 2017, que mapeou as características de pouco mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários no país. O relatório final será apresentado em julho do ano que vem. Os números apresentados podem ser comparáveis em alguns aspectos com os do último Censo Agro, ocorrido em 2006.
O número de estabelecimentos agropecuários caiu - Apesar de ter crescido em área, na mesma base comparativa. o país apresentou redução na quantidade de estabelecimentos agropecuários, que eram 5,17 milhões em 2006 e passaram a 5,07 milhões em 2017, numa queda de 2%, ou 101 mil estabelecimentos. Isso sugere que os produtores menores têm perdido espaço para os grandes, que têm maiores níveis de mecanização e, devido à escala da produção, conseguem operar com custos mais baixos. Um dado que confirma isso é o aumento no número de estabelecimentos com 1 mil hectares. Na comparação de 2017 com 2006, houve aumento no volume e na área relativa a esse grupo. Dos 16,5 milhões de hectares de área total adicionada ao setor, 16,3 milhões de hectares eram referentes a estabelecimentos com áreas acima de 1.000 hectares. Os estabelecimentos de 100 a mil hectares reduziram sua participação no período. Eles respondiam por 33,8% da área total em 2006 e passaram a 32% em 2017.
Diferenças regionais - Segundo o coordenador do Censo Agro 2017, Antônio Carlos Florido, é preciso levar em conta algumas condições regionais. No Nordeste, por exemplo, a área total ocupada pelos estabelecimentos agropecuários recuou em 9,9 milhões de hectares, área equivalente ao estado de Pernambuco. No período de 11 anos em avaliação, o Nordeste teve secas em cinco deles. “Em casos como esses, de seca severa, os pequenos produtores tendem a encerrar suas atividades, enquanto os maiores produtores têm condição maior de resistir a esses efeitos”, disse Florido. Estados da região Centro-Oeste tiveram aumento expressivo na área ocupada por estabelecimentos agropecuários. No Mato Grosso, por exemplo, eram 48 milhões de hectares em 2006 e passaram a 54 milhões em 2017, num aumento de 12,5%. As áreas de cultivo e pastagem respondem por 60,71% do Estado, percentual que é inferior ao do vizinho Mato Grosso do Sul, que tem 81,6% de sua área ocupada por estabelecimentos agropecuários.
Os aumentos não significam mais desmatamentos - De acordo com o IBGE, o aumento de áreas plantadas ou de pastos principalmente no Norte e no Centro-Oeste não significa necessariamente aumento do desmatamento. “Algumas áreas poderiam estar subutilizadas e foram anexadas à produção”, explica Florido. As áreas de matas naturais em estabelecimentos agropecuários aumentaram em 11,4% nos últimos 11 anos, mostrou a pesquisa. Lavouras permanentes como frutas e café tiveram redução de 31,7% na área de cultivo. Já as áreas destinadas a lavouras temporárias, como cana de açúcar e grãos, cresceram em 13,2% na mesma base de comparação.
Os efeitos da mecanização - Os empregos no setor produtivo também tiveram queda no período na esteira da mecanização das lavouras. No período de 11 anos, ao menos 1,53 milhão de pessoas deixaram empregos no campo. Em 2017, havia 15 milhões de trabalhadores em estabelecimentos agropecuários, enquanto em 2006 esse número era de 16,5 milhões de pessoas. Na outra ponta, aumentou a quantidade de tratores em 50,2% no período, ou 407 mil unidades a mais. Já o número de estabelecimentos que utilizavam tratores, em 2017, aumentou para 733 mil, 200 mil a mais do que em 2006. “De fato a mecanização reduziu a quantidade de trabalhadores na produção agropecuária. Uma colheitadeira de cana, por exemplo, substitui o trabalho de até 100 cortadores”, explica Florido. Junto com a mecanização houve ainda o aumento da área irrigada nas plantações, que cresceu 52% no período.
Uso de defensivos agrícolas - Também houve aumento na quantidade de estabelecimentos que utilizam defensivos agrícolas. Em 2017, 1,68 milhão de produtores alegaram utilizar algum tipo de defensivo, com um aumento de 21,2% em relação ao observado em 2006. O IBGE não mediu a quantidade de defensivos utilizada ou se foram aplicados da forma correta. Segundo Florido, não é possível dizer, apenas com esses dados, que houve aumento na quantidade absoluta de pesticidas na produção. O que se sabe, contudo, é que há mais acesso à tecnologia no campo do que há 11 anos. O acesso à internet, por exemplo, cresceu 1.790% no período. Em 2017, 1,4 milhões de produtores disseram ter acesso à internet nos locais de produção, enquanto em 2006 esse número era de apenas 75 mil.
Queda no número de bovinos - A mecanização e os ganhos de produtividade levaram o país a registrar aumento, por exemplo, da produção de leite apesar de ter havido queda na quantidade de bovinos. Em 2017, o país tinha 171 milhões de cabeças de gado, numa queda de 2,8% frente ao observado em 2006. O IBGE explica, no entanto, que a discrepância pode ser explicada, em parte, pelo modelo de coleta adotado mais recentemente. Como o período de nascimento de bezerros começa em agosto e termina em dezembro, a pesquisa captou apenas parte desse movimento, já que a coleta foi feita em setembro, quando nem todos os novilhos tinham nascido ainda. Apesar da quantidade menor de bovinos, o país teve um salto na produção de leite de vaca, da ordem de 10 bilhões de litros nos últimos 11 anos. Em 2017, o país produziu 30,1 bilhões de litros de leite. “Isso é explicado basicamente pela melhoria na produtividade. Espécies mais produtivas podem ter assumido o lugar de outras menos produtivas”, afirmou Florido. (Jornal Gazeta do Povo – Curitiba)
Setor farmacêutico tem alta confiança no Brasil
O recente estudo “O novo consumidor latino-americano: uma questão de confiança”, elaborado pela consultoria internacional Llorente & Cuenca, líder na área de gestão de reputação, comunicações e assuntos públicos, revela que o setor farmacêutico é o que gera mais confiança no Brasil, posicionando-se como o segundo colocado na América Latina. Os dados foram coletados com 4 mil entrevistados de nove países, além do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México Panamá, Peru e República Dominicana. Foram analisados seis setores considerados mais próximos do cotidiano do consumidor: alimentos e bebidas, farmacêutico, serviços financeiros, varejo, telecomunicações e automotivo. A maioria dos segmentos analisados no mercado brasileiro tem uma confiança entre “boa” e “moderada”, mas o canal farmacêutico encabeça a lista, com nota 7,5 em uma escala de 1 a 10. O escore médio do setor em nível continental é de 7,2.
Informação sobre os produtos é o aspecto mais valorizado - “Essa pontuação do Brasil está fortemente associada a fatores como credibilidade dos laboratórios e percepção de rigor nos testes a que o fármaco foi submetido”, ressalta David González Natal, líder global da área de Engajamento do Consumidor da Llorente & Cuenca. Em um setor intimamente ligado ao bem-estar, as informações detalhadas sobre o produto e os dados contidos nas bulas são particularmente importantes. É, de longe, o aspecto mais valorizado em todos os países. Mas no Brasil, a integridade nas práticas empresariais assume uma relevância maior do que nos demais mercados. (Panorama Farmacêutico)
Harvard desenvolve nova pílula de insulina
Nova esperança rumo ao fim das agulhadas de insulina para portadores de diabetes tipo 1 está sendo trabalhada por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que encontraram um método de substituir as aplicações do hormônio por uma pílula. Além de tornar a vida dos pacientes mais simples e menos dolorosa, o método poderia colaborar para aumentar a aderência dos diabéticos ao tratamento e, assim, diminuir efeitos colaterais da doença. “Muitas pessoas falham em aderir ao regime de injeções por causa da dor, fobia de agulhas ou da interferência que isso pode ter em atividades do dia a dia”, afirmou o autor principal do estudo, o professor de bioengenharia da Universidade de Harvard, Samir Mitragotri. “As consequências de um controle falho da glicemia pode levar a complicações sérias para a saúde”, emendou. Cerca de 13 milhões de pessoas convivem com a diabetes no Brasil. A do tipo 1, geralmente descoberta ainda na infância, afeta cerca de 1 milhão de pessoas. A mais comum, a do tipo 2, responde por 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Forma oral de ingestão de insulina está mais perto do funcionamento do pâncreas - Até agora, a medicina ainda não tinha sido bem-sucedida em encapsular a insulina porque, ao chegar ao estômago, ela reage com o ambiente ácido e se torna de difícil absorção. A solução do time de Mitragotri foi diluir o hormônio em uma solução iônica de colina e ácido germânico, e então colocá-lo em uma cápsula de polímero resistente aos ácidos estomacais. A formulação é biocompatível, fácil de ser manufaturada e pode ser armazenada por até dois meses em temperatura ambiente sem se degradar, período superior ao de algumas insulinas injetáveis disponíveis no mercado. “Nossa abordagem funciona como um canivete suíço, onde uma pílula tem ferramentas para superar cada obstáculo que encontra até permitir que a insulina seja absorvida pelo organismo”, explicou o bioengenheiro idealizador da nova cápsula. Além de um suposto maior conforto no tratamento, os pesquisadores argumentam que a forma oral da insulina se aproximaria mais do funcionamento do pâncreas de um indivíduo saudável do que uma injeção do hormônio.
Próximos passos - Os próximos passos dos cientistas serão os de conduzir mais testes com animais com a formulação, além de avaliações de toxicidade e biodisponibilidade de longo prazo. Como os ingredientes-chave da nova cápsula, colina e ácido germânico, já são considerados seguros, eles esperam que os testes em humanos sejam aprovados nos EUA com rapidez. (Portal de notícias Metrópoles)
Farmacêuticos no topo dos empregos com carteira
Os farmacêuticos estão entre os três profissionais mais contratados com carteira assinada no Brasil. É o que apontou o levantamento do site Quero Bolsa, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, relativos aos primeiros quatro meses de 2018. A análise levou em conta as ocupações que exigem cursos de nível superior. Com 14.341 empregos formais gerados no período, os farmacêuticos só foram superados pelos enfermeiros e analistas de desenvolvimento de sistemas. Dos 15 profissionais mais requisitados, seis estão relacionados à área da saúde. A lista reúne médicos clínicos, na 7ª colocação, nutricionistas, na 9ª, preparadores físicos, na 10ª, e fisioterapeutas na 11ª.
O profissional farmacêutico é valorizado na farmácia - O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João, atribui o resultado a fatores como a Lei nº 13.021/14, que reclassificou as farmácias como unidades de assistência à saúde. “Na medida em que assume a sua autoridade técnica dentro da farmácia, o farmacêutico se torna mais valorizado e, consequentemente, mais necessário”, comenta. O grande varejo, inclusive, tem sido um dos expoentes dessa valorização da profissão. De acordo com a ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, que representa as 24 maiores empresas do setor, o número de farmacêuticos em atuação passou de 19.876 para 22.302 na comparação entre maio de 2017 e 2018 – um aumento de 12%. “O permanente crescimento em vendas nas redes incentiva a expansão geográfica e, aliado ao investimento em salas de assistência clínica, ajuda a explicar as contratações”, argumenta o presidente executivo Sergio Mena Barreto. (Panorama Farmacêutico)
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