“É o espírito que conduz o mundo, e não a inteligência.” (Antoine de Saint-Exupéry)
Cientistas encontram no cérebro o lar das experiências espirituais
Uma equipe liderada por Lisa Miller, da Universidade de Columbia e Marc Potenza, da Universidade de Yale, nos EUA anunciou ter descoberto nada menos do que um possível "lar neurobiológico" para a experiência espiritual. A equipe define a experiência espiritual como o senso de conexão que uma pessoa sente com algo maior do que si própria. É bom ressaltar que os cientistas não estão dizendo que descobriram algo como onde a alma do ser humano reside, mas sim a área do cérebro ativada quando ocorrem experiências místicas, espirituais ou transcendentais. "Experiências espirituais são estados robustos que podem ter impactos profundos na vida das pessoas. Entender as bases neurais das experiências espirituais pode ajudar a entender melhor seus papéis na resiliência e na recuperação da saúde mental e dos transtornos aditivos," disse o professor Potenza. O professor salienta que outras áreas do cérebro provavelmente também estão envolvidas na formação das experiências espirituais, mas que o método usado pela equipe pode ajudar futuras pesquisas projetadas para estudar a experiência espiritual e seu impacto na saúde mental. O estudo foi publicado na revista científica Cerebral Cortex.
A espiritualidade no cérebro - As experiências espirituais podem ser ou não de natureza religiosa, incluindo assim sentimentos de unidade com a natureza ou a ausência do eu durante eventos de forte emoção, por exemplo. Para a equipe, essas experiências ocorrem no córtex parietal, uma área do cérebro já associada com a consciência de si e dos outros, bem como o processamento da atenção. Os pesquisadores entrevistaram 27 adultos para coletar informações sobre experiências estressantes e experiências relaxantes que cada um já havia vivido, bem como sobre suas experiências espirituais. A seguir, os voluntários foram submetidos a exames de fMRI (ressonância magnética funcional) enquanto ouviam pela primeira vez gravações baseadas nas experiências pessoais que haviam relatado. Embora as experiências individuais apresentassem grandes diferenças, os pesquisadores detectaram padrões semelhantes de atividade no córtex parietal, conforme os voluntários experimentavam na imaginação os eventos nas gravações. (Diário da Saúde)
O cenário de 2019 para os medicamentos
Executivos da indústria farmacêutica, analistas e consultores se reuniram nesta semana para falar sobre o cenário econômico e político para 2019. Andreas Strakos, consultor do Sindusfarma - Sindicato da Indústria Farmacêutica, apresentou expectativas da indústria e caminhos para enfrentar o ambiente de incerteza política do país. “Víamos um cenário otimista demais antes da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, e agora uma mudança no padrão de otimismo”. Segundo o executivo, a indústria projeta um crescimento de 6,7% em unidades e 8,3% em valores para 2018, e de 7,19% em unidades e 9,02% em valores para 2019. “...todos devem se preparar para trabalhar com números menores”, afirma Strakos. Bruno Abreu, diretor do Sindusfarma, apresentou os prognósticos sobre a política de preços e regulação econômica do setor, entre eles a alta incidência de impostos sobre medicamentos no Brasil (31,3%) contra 6% no resto do mundo. Já o CEO da consultoria Ipsos, Marcos Calliari, apontou aos presentes os principais resultados da pesquisa Pulso Brasil, de maio de 2018, na qual 60% dos entrevistados demonstram preocupação em relação ao futuro do país.
O consumo de medicamentos – A pesquisa mostrou que a hipertensão é a principal doença em tratamento nos domicílios pesquisados, com 39%. Do total de entrevistados, 48% afirmam utilizar medicamentos de uso contínuo. A classe C é a que menos utiliza medicamentos de uso contínuo (27%) e é a que mais utiliza remédios distribuídos de forma gratuita (79%). No que diz respeito aos medicamentos de uso contínuo por faixa etária, os de 50 anos ou mais são os que mais consomem (61%).
O varejo de medicamentos - Paulo Paiva, vice-presidente da Close-Up International, destacou que as médias e pequenas farmácias têm como desafio contrapor o crescimento das grandes redes e do associativismo, que por sua vez, está conseguindo se posicionar como canal estratégico. Serviços adicionais, além da venda de medicamento, aparecem como opção para as grandes redes, mas o maior desafio é crescer no âmbito de medicamentos, pois demanda alcance geográfico e oferta de mix. “Falta alinhamento de estratégia promocional com as estratégias de trade dentro da cadeia, que envolva distribuição e o varejo”.
O crescimento do mercado de medicamentos - Felipe Abdo, diretor da IQVIA, novo nome da consultoria conhecida como IMS Health e Quintiles, ressaltou que o crescimento do mercado farmacêutico se manteve na casa dos 10% nos últimos quatro anos e que os diferentes momentos da crise econômica alteraram de forma importante o perfil de compra de medicamentos. Cada vez mais se observa que os canais de contato com a indústria se direcionam preferencialmente para os meios digitais, tais como webinar, congressos e consultas virtuais.
Dimed investe em tecnologia e 40 pontos de venda
Com 50 anos de atuação, a distribuidora gaúcha de medicamentos Dimed, proprietária da rede de farmácias Panvel aposta em expansão e investimento em novas tecnologias. “Obtivemos um desempenho sustentável e bem sucedido nos três estados do Sul, com a abertura de lojas de alto padrão, evolução tecnológica para aprimorar a experiência do consumidor e o desenvolvimento interno de lideranças”, afirma o presidente Julio Mottin Neto. Em relação aos planos de expansão para o próximo semestre, o executivo destacou que a rede pretende abrir 40 unidades até o fim do ano, já tendo inaugurado 16 unidades desde janeiro. “A Panvel tem mantido a sua trajetória de crescimento de 10% ao ano. A meta inclui a abertura, neste ano, de 40 lojas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo”, ressalta A rede conta com mais de 400 unidades.
Investimentos em omnichannel - Permitem a compra dos produtos por um dos canais online - site, app ou Facebook, ou pelo Alô Panvel, e sua retirada na loja física ou em lockers localizados em pontos específicos. “O projeto já funciona no Rio Grande do Sul e, em breve, será estendido para os outros estados”, explica Neto. As inovações também estão presentes por meio dos pagamentos por aproximação com cartão de crédito e nas transações com o aplicativo Panvel Go, sem que o cliente precise abrir a carteira. A Panvel foi pioneira ao mudar o papel da farmácia na cadeia de saúde, passando a ser provedora de serviços farmacêuticos e a auxiliar na eficácia dos tratamentos médicos, como um agente de prevenção. Por meio do programa Panvel Clinic, lançado em 2017, a rede disponibiliza procedimentos e consultas com farmacêuticos para revisão de medicação, cessação tabágica e perda de peso.
Lifar - Além da Panvel, a distribuidora Dimed desenvolveu a Lifar, divisão de desenvolvimento e fabricação de cosméticos, medicamentos e alimentos. Além de ser responsável pela produção de produtos para grandes marcas no Brasil e no Exterior, a Lifar também fabrica produtos de marca própria da Panvel. (Panorama Farmacêutico)
Mercado de tratores tem nova marca líder no País
Pela primeira vez em meio século, a Massey Ferguson não foi a marca que mais produziu tratores no Brasil. A também norte-americana John Deere assumiu o top do ranking ao fazer sair da linha de produção em Montenegro, no Rio Grande do Sul, 10.945 tratores. De quebra, a New Holland também ultrapassou a Massey, fechando o ano com 9.706 unidades, contra 9.628 da concorrente. A troca de posições no ranking da ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ocorreu discretamente, mas de forma previsível, devido à curva descendente da Massey Ferguson, que chegou a produzir 23.577 tratores no país em 2010, mas fechou 2017 com menos de metade disso. A John Deere atua no Brasil com marca própria há pouco mais de 20 anos, desde quando comprou a SLC, em 1996. Coincidência ou não, no início de 2018, justamente após perder a liderança do mercado no Brasil, a AGCO, que reúne as marcas Massey Ferguson, Valtra, Challenger, Fendt e GSI, anunciou um novo presidente para a América Latina. Além de ser executivo com experiência na Braskem, Eldorado Celulose e Unipar, Luís Fernando Felli é produtor rural no Maranhão e conhece bem a realidade do dia a dia no campo.
Massey minimiza - Durante a feira Agrishow, em Ribeirão Preto, Felli minimizou a perda da ‘pole position’: “Nós, como Agco, somando os tratores da Massey Ferguson e da Valtra, somos líderes de mercado (41%). Se for analisar as marcas separadamente, é difícil fazer uma comparação justa, porque posso ter crescimentos distintos, se tenho uma terceira ou quarta marca”. Felli reconheceu, no entanto, que a Massey Ferguson se acomodou ao longo dos anos. “Passamos um período em que faltou um pouco de inovação, e a concorrência, de certa forma, trouxe muita inovação. Por isso decidimos remodelar toda a nossa linha de produtos. Uma mudança importante é que estamos trazendo para o Brasil tratores de alta cavalagem. Isso traz um crescimento não só do share, mas do money-share. Afinal, o valor de um trator de 250cv é uma coisa e o de 55cv é outra”, argumenta.
John Deere concessiona - Pelo lado da John Deere, a explicação para a troca de posições no ranking está no aumento da rede de concessionárias (hoje são 270), investimento em fábricas e tropicalização dos avanços tecnológicos. “Hoje investimos globalmente, por dia, mais de 4 milhões de dólares em tecnologia”, diz Eduardo Martini, gerente divisional de vendas da empresa.
John Deere - Estreou com marca própria no Brasil em 1996, após comprar a SLC. Um exemplo de seu diferencial tecnológico, segundo Martini, está na conexão da máquina com a fazenda, do operador do trator com o gestor da propriedade. “A John Deere oferece uma conexão em tempo real, e não usamos apenas um chip de telefone. Afinal, a dificuldade no Brasil é a cobertura da telefonia móvel. Então usamos o sistema wi-fi, em que é possível mandar todos os dados do planejamento do trabalho para a máquina. E depois recebemos de volta como isso foi feito, incluindo o consumo de combustível e outros dados de performance”.
CNH Industrial - Outro importante fabricante de tratores no Brasil, dona das marcas Case e New Holland, aposta que o que impactará o mercado de tratores, em poucos anos, será o uso de combustíveis alternativos e mais baratos, a chamada “clean energy”. “Nosso trator movido a biometano é o camisa 10, é o craque da Agrishow”, afirmou o presidente global da New Holland, Carlo Lambro. O trator conceito deve chegar ao mercado, em escala comercial, num prazo de três anos.
A New Holland - Estima que o potencial de produção de biometano no Brasil, apenas com resíduos do setor canavieiro, é de 56 milhões de m3 por dia, o que daria para suprir 50% da demanda de diesel de todas as operações realizadas para dentro da porteira das propriedades rurais.
Segundo semestre de 2018 promete - Na avaliação dos fabricantes de trator instalados no Brasil, o segundo semestre promete acelerar o ritmo dos negócios. Apontam nessa direção uma provável diminuição dos juros no Plano Safra, a valorização do dólar, o prêmio pela soja brasileira por causa dos atritos entre EUA e China, e a quebra da safra da Argentina. “Os indicadores são muito bons. Quase 45% das exportações mundiais de soja são do Brasil. Isso, associado ao preço do grão e à condição do dólar, indica que a renda do produtor irá aumentar bastante”, pondera Werner Santos, vice-presidente de Vendas e Marketing da Agco. Eduardo Martini, da John Deer, acredita que as vendas devem crescer entre 5% e 10% em relação ao ano passado. (Jornal A Gazeta do Povo – Curitiba)
NotreDame Intermédica assina acordo de compra do Grupo Samed Saúde
O GNDI - Grupo NotreDame Intermédica divulgou que assinou um acordo de intenção de compra do Grupo Samed Saúde, tradicional empresa do Alto do Tietê, em São Paulo, com mais de 40 anos de atuação no mercado e pioneira em planos de saúde na região. A operação engloba uma carteira com 80 mil vidas, cujos beneficiários serão incorporados pelo GNDI, O Hospital Santana em Mogi das Cruzes com 102 leitos, três centros clínicos, um em Mogi das Cruzes e dois em Suzano, e um laboratório de análises clínicas. A transação ainda será submetida ao CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica e à ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar e, se aprovada, será a primeira aquisição do Grupo NotreDame Intermédica como empresa de capital aberto, apenas dois meses após sua estreia na Bolsa de Valores.
As razões do GNDI - “Crescer por meio de aquisições tem sido fundamental para que possamos sustentar um modelo de negócios que tem nos permitido oferecer planos de saúde de qualidade a um preço acessível. Além disso, a presença do GNDI numa localidade que reúne grandes empresas e 1,3 milhão de habitantes nas principais cidades da região – Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Suzano, Poá e Arujá – vai ao encontro do nosso objetivo de expandir nossa atuação em uma praça muito importante e estratégica para o Grupo”, ressalta Irlau Machado Filho, presidente do GNDI. Nos últimos três anos, a empresa adquiriu 9 hospitais e os ativos dos planos de saúde Santamália e Unimed ABC, ambos na região do ABC Paulista, e do Grupo Cruzeiro do Sul, em Osasco. Com 50 anos de atuação na área da Saúde, a Companhia é pioneira em Medicina Preventiva e, por meio de programas estruturados, trabalha para oferecer saúde integral com acolhimento aos seus mais de 3,6 milhões de beneficiários, além de promover qualidade de vida e bem-estar, e incentivar a adoção de hábitos saudáveis. (Portal Fusões & Aquisições)
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