“Chega um momento na vida que você sabe quem lhe é imprescindível, quem nunca foi, quem não é mais, e quem será sempre!” (Charles Chaplin)
Dinheiro pode não comprar felicidade, mas pobreza impede que ela venha
É costumeiro ouvir dizer que o dinheiro não pode comprar felicidade. No entanto, uma coleção de estudos científicos publicados muito recentemente na revista Counseling and Psychotherapy Research destaca como a pobreza pode afetar significativamente a saúde mental das pessoas. O recado a se levar para casa é que uma falta crônica de dinheiro é prejudicial à saúde física e mental e ao bem-estar das pessoas, algo que atualmente não é amplamente reconhecido pelos formuladores de políticas e nem mesmo pelos cientistas.
Pobreza e saúde mental - Os estudos mostram que as pessoas que vivem na pobreza têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, o que pode estar relacionado à sua maior exposição a eventos adversos na vida e a um estado crônico de necessidades materiais e emocionais não atendidas. Juntos, os resultados mostram que as pessoas que vivem na pobreza são também menos propensas a iniciar um tratamento para problemas de saúde mental. E, quando iniciam o tratamento, são mais propensas a recaídas após o término do tratamento. A continuidade também é um problema, devido a uma variedade de barreiras materiais, por exemplo, falta de transporte, e sociais, por exemplo, estigma para acessar o suporte. As pessoas que vivem em bairros pobres também são menos propensas a se recuperar de sintomas de depressão e ansiedade após o tratamento psicológico, em comparação com pessoas de bairros mais ricos. Além disso, os profissionais de saúde mental muitas vezes não conseguem reconhecer o papel que os fatores socioeconômicos têm no bem-estar dos seus pacientes e, portanto, são menos capazes de entender sua situação e atender às suas necessidades. Isso pode ser ainda mais complicado pelas disparidades educacionais e de classe social entre profissionais e pacientes.
Conexão não reconhecida - "Está ficando mais claro que a pobreza e a saúde mental precária estão intimamente ligadas, mas essa conexão ainda não foi reconhecida pelos formuladores de políticas e provedores de cuidados de saúde mental. "As pessoas que vivem na pobreza enfrentam uma série de barreiras quando se trata de obter apoio adequado para problemas de saúde mental. Muitas vezes não podem pagar por coisas básicas como transporte e alguém para cuidar das crianças, necessários para chegar aos serviços de saúde mental. Também continua havendo um estigma considerável em relação aos problemas de saúde mental e pedir apoio pode ser muito difícil, especialmente para as pessoas que vivem na pobreza. "O mais alarmante é que os serviços de saúde mental que trabalham nos bairros mais pobres muitas vezes carecem de financiamento e recursos para atender à demanda crescente por tratamento," disse o Dr. Jaime Delgadillo, da Universidade de Sheffield no Reino Unido, responsável pela reunião dos diversos estudos sobre pobreza e saúde mental. (Diário da Saúde)
Operação desmonte no Aqui tem Farmácia Popular
O Diário Oficial da União, de 18 de maio, publicou uma relação de 1.729 estabelecimentos farmacêuticos que tiveram deferido o pedido de descredenciamento do Programa Aqui tem Farmácia Popular. Apesar de se tratarem de solicitações do ano passado, o número chama a atenção para um fato que já vinha sendo alertado desde que foi oficializada a alteração de repasses de recursos de 22 medicamentos para o tratamento de hipertensão arterial, diabetes mellitus e asma. A mudança tem refletido, neste ano, no aumento do pedido de descredenciamento do programa por parte das farmácias e drogarias espalhadas pelo país. Elas ressaltam que os preços sugeridos pelo governo, que prevêem redução de até 60%, não compensam os custos. “Essa é uma tendência que deve persistir ao longo de 2018. As farmácias não conseguirão receber menos do que pagam para a indústria, o que deve estimular o esvaziamento de um dos programas públicos mais bem avaliados pela população”, critica Sergio Mena Barreto, presidente executivo da ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias. Algumas farmácias já estão afixando cartazes com alerta sobre a dificuldade em disponibilizar alguns produtos, Atualmente, 28 mil farmácias particulares participam do programa, contribuindo para cobrir as lacunas da rede pública na distribuição de remédios em 5.600 municípios brasileiros. (Panorama Farmacêutico)
Brookfield acha pechinchas em meio à crise do Brasil
Escândalos de corrupção e uma recessão profunda azedaram muitos investidores estrangeiros no Brasil nos últimos anos, mas um grupo canadense viu oportunidades. A Brookfield Asset Management e suas subsidiárias fizeram quase uma dezena de grandes aquisições no país desde 2013. As empresas investiram cerca de 10 bilhões de dólares em energia, infraestrutura e ativos imobiliários que poucos outros queriam devido a riscos legais, políticos e econômicos envolvidos. "Crise é um bom momento para encontrar valor", disse uma pessoa próxima do grupo. Isso incluiu a compra de ativos de empresas envolvidas na investigação Lava Jato. As compras confirmaram a reputação da Brookfield como um dos caçadores de pechinchas mais fortes do Brasil.
A Brookfield tem 120 anos de experiência no Brasil - Em 2016, por exemplo, a Brookfield Infrastructure Partners liderou a compra de uma operadora de gasodutos da Petrobras. Outra rede de gasodutos da estatal, com metade da capacidade, obteve recentemente lances de cerca de 8 bilhões de dólares de investidores. A Brookfield mostrou interesse. A experiência da Brookfield se baseia em quase 120 anos de experiência do grupo no Brasil, mas a recente onda de compras levou a empresa a novos níveis de due diligence e salvaguardas legais, segundo entrevistas com seis pessoas envolvidas nos negócios. A empresa não comenta sobre seus investimentos no Brasil, que representam cerca de 15 por cento de seu portfólio de 286 bilhões de dólares, seu maior mercado após os EUA. O presidente-executivo, Bruce Flatt, chamado de “Warren Buffett do Canadá", celebrou recentes aquisições no Brasil como "negócios de qualidade com vendedores que precisam de capital”, em uma carta a investidores, em fevereiro. Recuperar preços de mercado e avaliações maiores sobre negócios comparáveis sugerem que o grupo pode ter um bom lucro com a aposta no Brasil, assim como fez na recessão global uma década atrás.
Buscando segurança nos negócios de privatizações da Petrobras - Alguns anos atrás, nuvens negras envolviam as conversas da Brookfield. O acordo de 2016 para a operadora de gasodutos NTS - Nova Transportadora do Sudeste foi uma das maiores vendas de ativos em um programa de desinvestimento na Petrobras. A Petrobras está vendendo ativos para reduzir endividamento, mas críticos criticam as privatizações e fizeram delas um assunto para as eleições presidenciais deste ano. Ciro Gomes, um dos principais candidatos de esquerda, do PDT, prometeu reverter as vendas de ativos estatais se eleito. "O que eu quero dizer aos investidores é: Não compre. Espere um pouco", diz ele. Prevendo o risco de uma dramática mudança de política na Petrobras, a Brookfield colocou dezenas de advogados na tarefa de esboçar um acordo rígido. Sob contratos detalhados de "take or pay" que agora definem o relacionamento entre NTS e a gigante petrolífera, a Brookfield tem direito a compensação se a Petrobras mudar os contratos de uma forma que prejudique o fluxo de caixa dos canadenses.
Elevação dos preços das ações da Brookfield depois da compra de ativos no Brasil - O chefe de um banco global de investimento no Brasil, que não esteve envolvido no negócio do NTS, disse que esse é um exemplo da disposição da Brookfield de fazer grandes apostas em que os outros descartam. "Todo mundo ficou impressionado com sua oferta de 5 bilhões de dólares na época", disse a fonte. Esse acordo bem sucedido persuadiu outros investidores a considerar os ativos da Petrobras, elevando os preços em uma venda subseqüente de oleodutos, acrescentou o banqueiro. Analistas da Saibus Research elevaram o preço-alvo para ações da Brookfield Infrastructure Partners após o acordo com a NTS, citando um aumento em suas margens de lucro recorrentes. Desde então, as ações subiram 18 por cento em Nova York.
Os diversos nomes da Brookfield no Brasil - Fundada em 1899 como a Ferrovia de São Paulo, Light e Power Company, a Brookfield virou uma empresa de investimento global diversificada. Até 2005, ela se chamava Brascan, um reflexo de suas raízes como empresa de investimentos canadense no Brasil. Mas a Brookfield teve seus próprios problemas no Brasil. Sua unidade de construção civil foi uma das cerca de 30 incorporadoras acusadas de pagar propinas a fiscais em São Paulo. Ex-empregados da unidade que mais tarde mudou o nome para Tegra, assumiram a responsabilidade pelo pagamento dos subornos e são testemunhas em processos contra os fiscais.
Livrando-se de acusações - Em outro caso, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e a polícia brasileira livraram a Brookfield de acusações de que sua unidade de shopping centers pagou propinas a políticos. Um dos mais recentes acordos da Brookfield testará sua capacidade de evitar as conseqüências de outro escândalo de corrupção municipal. No ano passado, a empresa aceitou pagar 1 bilhão de dólares por 70 por cento da empresa de saneamento e tratamento de água da Odebrecht ODBESUL . Os promotores acusaram a Odebrecht de pagar propinas para garantir contratos com alguns dos 186 municípios onde a concessionária opera. Em comunicado, a Odebrecht, que fez um acordo de leniência com os promotores, disse que o grupo está "colaborando com a aplicação da lei no Brasil e em outros países e criou controles internos para detectar e impedir comportamentos ilegais”.
Reserva para possíveis complicações - Cerca de 60 advogados trabalhando para a Brookfield passaram oito meses avaliando os riscos. Eles reservaram 100 milhões de dólares para cobrir possíveis obrigações se os governos municipais quebrarem contratos ou exigirem compensação devido a esquemas de propina. Desde que a subsidiária Brookfield Business Partners fechou o negócio em abril de 2017, nenhum dos contratos municipais mantidos pela empresa, agora chamada de BRK Ambiental, foram rescindidos e apenas um deles está em litígio, de acordo com duas fontes com conhecimento. (Agência de notícias REUTERS - Tatiana Bautzer, com reportagem adicional de Fergal Smith, Luciano Costa e Carolina Mandl)
Empresas lácteas prevêem nova onda de aquisições
O setor de lácteos deverá passar por uma nova temporada de fusões e aquisições no país nos próximos meses, segundo executivos da área. Há dois movimentos paralelos: o de multinacionais que avaliam a entrada ou a expansão no Brasil e o de empresas médias do ramo que, pressionadas por operações recentes, negociam compras. O segmento registrou oito operações no ano passado, segundo a PwC. Entre elas, estão a aquisição da Vigor pela mexicana Lala por cerca de R$ 4,3 bilhões e a da Itambé pela Lactalis, estimada em R$ 2 bilhões. A consultoria PwC contabilizou apenas um negócio neste ano, mas avalia que há apetite do mercado para mais. “Haverá consolidação no futuro próximo. Vemos interesse de multinacionais em ativos brasileiros e companhias locais de médio e grande porte dispostas a negociar”, afirma Alessandro Ribeiro, sócio da PwC.
Negócios depois das eleições - A tendência é que negócios mais relevantes sejam feitos após a definição do quadro eleitoral. As empresas com portfólio mais diversificado são as mais cobiçadas, diz o sócio da PwC. “Somos procurados toda semana, mas por enquanto não há interesse em venda”, afirma o vice-presidente da Aviação, produtora de manteiga, requeijão, queijos e doces. A marca, que faturou R$ 300 milhões em 2017, avalia a compra de ao menos uma concorrente especializada em queijos finos. “Queremos fortalecer nossa atuação nessa área.” A Embaré, cuja receita anual é de R$ 1,3 bilhão, também negocia aquisições. “Temos conversas em andamento”, diz o presidente, Romero Marinho. A Aviação investirá R$ 15 milhões para dobrar a produção de manteiga e ampliar sua planta de doces de leite. A Embaré deverá lançar uma linha de queijos neste ano. A marca vai aportar R$ 15 milhões em sua linha de produção (Jornal Folha de S. Paulo)
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