“A verdadeira medida de um homem não é sua posição em circunstâncias convenientes e cômodas, e sim sua posição em tempos de desafios e controvérsias." (Martin Luther King Jr. - "Strength to Love", 1963)
Nossas expressões faciais mostram o que sentimos ou o que queremos?
A visão tradicional sobre as nossas expressões faciais é que elas revelam nossos sentimentos e emoções. O professor Alan Fridlund, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, está propondo uma teoria alternativa. "Nossas faces não falam sobre nós, mas sobre o que queremos de uma interação social. Por exemplo, o rosto de 'choro' é geralmente considerado uma expressão de tristeza, mas usamos esse rosto para pedir socorro, quer isso signifique tranquilidade, palavras de conforto ou apenas um abraço. "Desde a pré-escola, nós vemos rostos sorridentes com a palavra 'feliz' escrita sob eles. Vemos rostos tristes com a palavra 'triste' escrita sob eles. Essa pode não ser a melhor maneira de entender as expressões faciais. Um macaco no zoológico que sorri para você não está necessariamente feliz - está dando uma 'careta de ameaça submissa'," detalha Fridlund.
As emoções versus as intenções - Segundo o pesquisador, nos últimos anos os biólogos têm olhado com outros olhos a forma como os animais se comunicam e começaram a vê-los como comunicadores e negociadores sofisticados. Sua hipótese é que nossas expressões faciais servem aos mesmos propósitos que nos demais animais. "Não há dúvida de que o que fazemos com nossas expressões faciais é diferente do que os não-humanos," reconhece Fridlund. "Mas nossas expressões faciais frequentemente funcionam da mesma maneira. Elas funcionam como ferramentas sociais na negociação comportamental." Assim, rostos "bravos" não significariam necessariamente que estamos zangados. Podemos estar nos sentindo frustrados, magoados ou com prisão de ventre, mas, independentemente de como nos sentimos, essa expressão serviria para subjugar, intimidar ou sinalizar possíveis retaliações contra quem quer que seja seu alvo.
Estamos sempre checando as reações das pessoas - "Um rosto de 'nojo' pode significar que uma pessoa está prestes a vomitar, mas também pode significar que não gostamos de música atonal, e a outra pessoa sabe que não deve colocar um CD de Schoenberg. Quando perguntamos a alguém sobre o tempo lá fora, o sorriso dela diz que está bom, mesmo que ela esteja tendo um dia ruim. "Quando estamos com os outros, estamos sempre checando como eles estão reagindo, e eles então fazem expressões faciais quando os vemos procurando por nossas reações. "Aqueles com quem estamos interagindo também não precisam ser pessoas. As pessoas fazem expressões faciais o tempo todo em máquinas de refrigerante que não devolvem seu troco, ou computadores que reinicializam ou atualizam no meio de uma apresentação. E elas farão a mesma expressão se você lhes pedir para imaginar essas situações," finalizou Fridlund. (Diário da Saúde)
Kroton faz aquisição em Educação Básica
A Kroton Educacional anunciou a compra do Centro Educacional Leonardo Da Vinci, em Vitória, ES, por valor não revelado, como parte dos planos de investimento em educação básica, e prevê mais duas aquisições no segmento até o fim de 2018. A Kroton fez a primeira aquisição em educação básica e criou a holding Saber, para ativos do segmento. "O motivo é simplesmente termos duas estruturas de gestão bem claras e separadas porque o modelo de negócios é diferente", afirmou o presidente-executivo da companhia. "Esperamos mais um anúncio de aquisição até junho. A negociação da segunda aquisição vai indo muito bem e nossa expectativa é concluir até junho, disse o presidente-executivo da companhia, Rodrigo Galindo. O executivo não quis informar o montante pago pelo Centro Educacional Leonardo Da Vinci nem o valor exato das mensalidades na instituição. Ele, porém, disse que o valor médio cobrado pela escola dos alunos fica mais perto do teto do intervalo de 1.250 a 3.500 reais, ou seja, mais próximo do segmento chamado por ele de "ultra premium", que parte de 3.500 reais.
Mais aquisições no Espírito Santo – Segundo seu presidente, a Kroton vê potencial para abertura de três a quatro novas unidades da marca, provavelmente no Espírito Santo. Atualmente, o Centro Educacional Leonardo Da Vinci conta com 1.311 alunos, dos quais 71 por cento em regime integral, em Vitória. "Tudo vai depender da capacidade de formar professores para os 'greenfields', mas o prazo médio é de pelo menos um greenfield ao ano de cada marca que adquirirmos", contou Galindo, acrescentando que a companhia não destaca a conversão de escolas de outras marcas.
A holding Saber - A Kroton ainda comunicou a criação de uma holding, batizada de Saber, para incorporar todos os ativos de educação básica existentes e adquiridos. A subsidiária integral será liderada pelo vice-presidente Acadêmico e de Educação, Mario Ghio, e pelo diretor geral de Educação Básica, Dieter Paiva. "O motivo é simplesmente termos duas estruturas de gestão bem claras e separadas porque o modelo de negócios é diferente", afirmou Galindo ao ser questionado sobre a potencial cisão das operações de educação básica e ensino superior no futuro. (Jornal DCI – Diário do Comércio e Indústria)
Marfrig compra frigorífico nos EUA e se torna a segunda maior empresa do setor
A Marfrig Global Foods anunciou na segunda-feira, 9, a compra de 51% da norte-americana National Beef Packing Company, quarta maior processadora de carne bovina dos Estados Unidos, por US$ 969 milhões, o equivalente a R$ 3,2 bilhões. Esta é a primeira aquisição da Marfrig desde 2010. Nos anos seguintes, a companhia sofreu uma crise de liquidez e passou a vender ativos para reduzir sua dívida. Para manter a dívida em níveis saudáveis, a empresa prevê a venda a Keystone Foods. Concluída a operação, a Marfrig passará a ser a segunda maior processadora de carne bovina do mundo, com uma plataforma global de produção e um faturamento consolidado de R$ 43 bilhões. A aquisição está sujeita à aprovação do BNDES, que detém 33,74% das ações da companhia através da BNDESPar, sua divisão de investimentos em empresas. Hoje a líder mundial na produção de carne bovina é a JBS.
A National Beef – O frigorífico americano tem capacidade de abate de 12 mil cabeças de gado ao dia e possui duas unidades de processamento que respondem por cerca de 13% da capacidade total de abate do mercado americano. Com sede em Kansas City, no estado do Missouri, a empresa exporta para 40 países, incluindo o Japão e a Coreia do Sul, mercados atualmente fechados às exportações de carne brasileira. A operação, segundo a Marfrig, visa consolidar sua força no segmento de carne bovina e melhorar os indicadores de alavancagem financeira da empresa. "Outras medidas que visam à redução da alavancagem da Marfrig seguem em curso e incluem a decisão de vender a Keystone Foods.
A venda da Keystone - Juntamente com a transação da National Beef, deverá fazer com que a Marfrig atinja seu objetivo de alavancagem de 2,5 vezes até o fim de 2018, explicou a companhia. A aquisição da National Beef será integralmente financiada pelo banco Rabobank. A empresa disse que vai tomar dois empréstimos ponte, no valor total de US$ 1 bilhão, que serão pagos com a receita da venda da Keystone. A National Beef, que faturou no ano passado US$ 7,3 bilhões, ou R$ 24,3 bilhões, é controlada pela holding de investimento norte-americana Leucadia National Corportation, desde 2011, com 79% de participação. A Marfrig disse que espera concluir a aquisição da National Beef até o fim do primeiro semestre deste ano.
A Marfrig - Atualmente, a Marfrig está presente em 12 países com as divisões Beef e Keystone. A divisão Beef é a segunda maior operação de carne bovina no Brasil, atrás da JBS, e líder em processamento de bovinos no Uruguai. Com 31 plantas no Brasil, no Uruguai e no Chile, a divisão Beef tem capacidade de processar até 4,7 milhões de cabeças de gado. Já a divisão de alimentos processados Keystone opera 19 unidades produtivas nos Estados Unidos, na China, na Malásia, na Tailândia, na Coreia e na Austrália. Juntas, essas unidades totalizam um volume de vendas de cerca de 1 milhão toneladas de alimentos por ano, segundo a companhia. A Marfrig registrou em 2017, prejuízo de R$ 461 milhões e receita líquida de R$ 19,33 bilhões, o que faz da companhia a 18ª maior empresa não financeira do país entre as listadas na Bovespa. A empresa teve um crescimento rápido entre 2006 e 2010, período em que fez mais de 40 aquisições no Brasil e no exterior. Parte dessas compras foram financiadas com a emissão de dívidas, o que fez com que a alavancagem financeira, relação entre dívida e geração de caixa da empresa, disparasse. Nos anos seguintes, a Marfrig teve de se desfazer de negócios comprados no passado para amortizar a dívida. Entre as empresas vendidas estão a Seara e a Moy Park, que foram compradas pela JBS. (Portal G1 do jornal O Globo)
Chineses querem comprar porto e ferrovia no Sul do Brasil
Grupos chineses já deixaram claro, em várias ocasiões, que um dos principais focos de investimento no Brasil é a infraestrutura logística em portos, rodovias ou ferrovias. Depois de comprar no ano passado o projeto do Porto de São Luís, no Maranhão, a CCCC- China Communications Construction Company negocia aquisição de novo porto graneleiro em São Francisco do Sul, Santa Catarina, ao mesmo tempo em que busca participação na ferrovia Malha Sul, da Rumo Logística. A compra do TBG - Terminal Graneleiro da Babitonga exigirá investimentos de R$ 1 bilhão para ser erguido. Se fechar o negócio, o grupo se posiciona estrategicamente em corredores de exportação importantes no Nordeste e no Sul. Em setembro do ano passado, outro grupo chinês, a China Merchants Port Holdings Co Ltd, comprou 90% do terminal portuário de containers de Paranaguá, o TBG, segundo maior terminal de contêineres do País, por R$ 2,9 bilhões.
A CCCC e o Brasil - É o que vem fazendo a CCCC, que entrou no Brasil em 2016, ao comprar 80% de uma construtora de médio porte, a Concremat, por R$ 350 milhões. No ano passado, fechou a aquisição de 51% do Porto de São Luís, no Maranhão, onde é sócia da WPR, da família do empresário Walter Torres. O projeto é orçado em R$ 1,7 bilhão. Com faturamento global de US$ 70 bilhões, a maior empresa de infraestrutura da China tem planos ambiciosos para o País. Além do terminal catarinense, a empresa tenta fechar um acordo para arrematar uma fatia minoritária da ferrovia Malha Sul, da Rumo Logística. A estrada de ferro está a três quilômetros do TGB e criaria um sistema logístico integrado e competitivo para o agronegócio. Além desses negócios, a CCCC, que no Brasil é assessorada pelo banco Modal, aguarda definições de Brasília para competir em outras ferrovias, como a Norte-Sul, Ferrogrão e Fiol. Em nota, a ANTT disse que a agência deve se pronunciar em breve sobre a renovação da concessão da Malha Sul.
As negociações - As negociações para a compra do controle do terminal estão mais avançadas. O grupo chinês pretende adquirir uma participação de 51% do Fundo de Participações em Infraestrutura Anessa, do empresário Alexandre Fernandes, que tem 80% do negócio. Os 20% restantes pertencem à também chinesa Cofco. Segundo fontes próximas às negociações, a decisão de compra do TGB depende apenas de a CCCC bater o martelo, uma vez que a família Fernandes não vê empecilho para fechar o negócio. Mas pessoas a par do assunto afirmaram que o Anessa tem sido sondado por outros investidores para investir no terminal. Já as conversas para a compra de uma fatia minoritária da Malha Sul são mais complexas e estão nas mãos da Rumo. Três grupos asiáticos disputam o negócio. Além disso, o acordo depende da renovação da concessão da malha ferroviária, que vence em 2028. A Rumo quer renovar por mais 30 anos, e o processo está em análise em Brasília.
Um parceiro para a Rumo no Sul - É com base nas definições, que estão sendo conduzidas pela ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres que a Rumo tenta encontrar um parceiro para fazer a expansão da Malha Sul nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A participação do futuro sócio deverá envolver um aporte de R$ 2 bilhões na ferrovia, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Especialistas afirmam que a Malha Sul precisa de investimentos de peso para melhorar a operação e a produtividade. Dados do anuário da ANTT mostram que a produção da ferrovia caiu de 28.942 toneladas úteis em 2006, para 21.354 TU no ano passado. (Portal do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, PR)
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