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Últimas Notícias | 01 de junho de 2021

Ano 14, Edição 033.


“O seguidor de um ponto de vista extremista não é o melhor expoente para criticar o outro ponto de vista extremista.” (Hans Jürgen Eysenck)


“O bom senso contrapõe o radicalismo e suaviza as relações.”

(Dirceu Azevedo)


Radicalismo político é movido pelo medo da incerteza do futuro

Desde a década de 1950, cientistas políticos têm elaborado teorias de que a polarização política, o aumento do número de cidadãos que veem o mundo com um viés radical, estaria associada a uma incapacidade de tolerar a incerteza e, em decorrência desse medo da incerteza, de uma necessidade de manter crenças previsíveis sobre o mundo. Até mesmo as nomenclaturas tradicionais se referem a isso, colocando os conservadores como aqueles que preferem "conservar o mundo da forma como o veem", enquanto os progressistas seriam aqueles com menos problemas em lidar com o futuro e com as novidades que ele pode eventualmente trazer. Nessa linha de pensamento, cientistas da Universidade Brown, nos EUA, tentam enveredar por uma seara alternativa, polêmica: eles decidiram procurar por "mecanismos biológicos pelos quais essas percepções tendenciosas surgem". Para isso, Jeroen van Baar e seus colegas mediram e compararam a atividade cerebral de partidários assumidos, tanto liberais quanto conservadores, enquanto eles assistiam a debates políticos reais e a noticiários.



Medo da incerteza leva à polarização - Os dados mostraram que a polarização é de fato exacerbada pela intolerância à incerteza: Os liberais com esse traço tenderam a ser mais liberais em como encaravam os eventos políticos, enquanto os conservadores com esse traço de medo da incerteza tenderam a serem ainda mais conservadores. No entanto, no tocante ao que acontecia no cérebro, entraram em ação os mesmos mecanismos neurais nos dois grupos, independentemente do campo ideológico em que cada um se situava. Em outras palavras, a questão está realmente no modo como as pessoas encaram o mundo, seus problemas e dificuldades, e não em diferenças cerebrais. "Esta é a primeira pesquisa que conhecemos que associa a intolerância à incerteza à polarização política em ambos os lados do corredor," disse o professor Oriel FeldmanHall. "Portanto, se uma pessoa em 2016 era um apoiador fortemente comprometido com Donald Trump ou um apoiador fortemente comprometido com Hillary Clinton, não importa. O que importa é que uma aversão à incerteza apenas exacerba o quão similarmente dois cérebros conservadores ou dois cérebros liberais respondem ao consumir conteúdo político."


Conclusão - "Isso mostra que parte da animosidade e mal-entendidos que vemos na sociedade não se deve a diferenças irreconciliáveis nas crenças políticas, mas depende de fatores surpreendentes, e potencialmente solucionáveis, como a incerteza que as pessoas experimentam na vida diária," disse van Baar. Radicais de direita e de esquerda são ruins em saber quando estão errados.


(Texto extraído do artigo científico entitulado “Intolerance of uncertainty modulates brain-to-brain synchrony during politically polarized perception”, dos autores Jeroen M. van Baar, David J. Halpern e Oriel FeldmanHall, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences)


BTG Pactual digital compra Empiricus e Vitreo

O BTG Pactual anunciou ao mercado na manhã de segunda-feira, 31 de maio, a aquisição integral do Grupo Universa, que reúne as empresas Empiricus, Vitreo, Money Times, Seu Dinheiro e Real Valor. O valor do negócio é de 690 milhões de reais, dos quais 440 milhões de reais em dinheiro à vista e 250 milhões de reais em units do banco. Poderá haver ainda desembolso de valores adicionais nos próximos quatro anos, condicionados a metas. Para o BTG, do mesmo grupo que controla a EXAME, o negócio se insere na estratégia de ganho de escala e de rentabilizar o investimento superior a 1 bilhão de reais realizado na plataforma digital. "O negócio é resultado de um relacionamento de longo prazo e construído com base no respeito e na admiração mútua, mas somente recentemente começamos a falar sobre parcerias e alternativas mais concretas", disse Marcelo Flora, sócio responsável pelo BTG Pactual digital, sobre a compra do Grupo Universa.


A Universa - Ganha musculatura financeira e de desenvolvimento para ampliar sua atuação junto ao investidor pessoa física. Segundo o comunicado, as marcas vão continuar a atuar de maneira separada do BTG, com independência editorial e para criação de produtos, mas serão exploradas sinergias operacionais e estratégicas.

A Empiricus – É a maior e mais conhecida casa de análises do país, com 425.00 clientes. Foi fundada em 2009 por Felipe Miranda, Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden. Eles continuarão à frente da operação. A Vitreo, que nasceu como gestora em 2018 e se transformou em corretora, tem atualmente 11 bilhões de reais sob custódia. Tem como sócios fundadores George Wachsmann, o Jojo, que é o CIO head de investimentos, Patrick O'Grady, Paulo Lemann e Alexandre Aoude, entre outros. Wachsmann continuará à frente da Vitreo. Tem crescido a um ritmo médio de 4% ao mês, com apelo junto a investidores de varejo por replicar em parte as recomendações da Empiricus e por lançar fundos temáticos, como os de tecnologia na Ásia e o de cannabis. (Portal EXAME)

FEBMAY

Conheça os nossos três maiores produtores agrícolas

A produção agropecuária é motivo de muito orgulho para a economia brasileira e, nas últimas décadas, a profissionalização tem feito com que grandes grupos se tornem cada vez mais presentes nas lavouras do país. Quando falamos em agricultura e produção de commodities, o Brasil também é exemplo para o mundo inteiro. Responsável por produzir uma quantidade de alimentos que atende a 800 milhões de pessoas em todo o mundo, o Brasil deve continuar ampliando sua contribuição para o abastecimento mundial a ponto de se tornar, nos próximos cinco anos, o maior exportador de grãos do planeta, superando os Estados Unidos. Saiba quem é o produtor rural que virou protagonista na decisão do Campeonato Brasileiro, e que Bill Gates, de rei da tecnologia se tornou o maior proprietário de terras agrícolas nos EUA. Mas você sabe quem são os verdadeiros ‘reis dos hectares’ no Brasil? Três empresas disputam esse posto e, juntas, elas somam quase 1,3 milhão de hectares produtivos. E a disputa para o primeiro lugar está acirrada. Confira quem são nossos líderes de produção.


3º lugar: Grupo Amaggi – 258 mil hectares - A Amaggi Agro, braço voltado para o agronegócio do Grupo Amaggi, atua na produção agrícola de soja, milho e algodão em grande escala e investe no desenvolvimento da AP - Agricultura de Precisão, um conjunto de técnicas e metodologias inovadoras que visa aperfeiçoar o manejo das culturas e potencializar áreas produtivas para que produzam mais, sem a necessidade de novas áreas de plantio. Segundo o grupo, tais tecnologias regulam também a utilização dos insumos agrícolas, permitindo o uso racional de corretivos, fertilizantes e de defensivos agrícolas, reduzindo assim progressivamente os impactos ao meio ambiente. Na safra 2020, foram mais de 1 milhão de toneladas de grãos e fibras produzidos em aproximadamente 258 mil hectares. A Amaggi nasceu em 1979, com a empresa Sementes Maggi, em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Mas não demorou para a família Maggi ir para Mato Grosso e montar um dos maiores impérios do agro brasileiro. Atualmente a Amaggi possui fazendas em Itiquira, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Querência e São Félix do Araguaia, todas em Mato Grosso.


2º Lugar – SLC Agrícola – 468,2 mil hectares - A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é produtora de soja, milho e algodão. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores no mundo, tornando-se uma referência no seu segmento. Com Matriz em Porto Alegre, RS, a empresa possui 16 unidades de produção estrategicamente localizadas em seis estados brasileiros que totalizaram 448.568 hectares no ano-safra 2019/2020, sendo 125.462 hectares de algodão, 235.444 hectares de soja, 82.392 hectares de milho, e 5.270 hectares de outras culturas. Na safra 2020/2021, a empresa comemorou um novo recorde: 468,2 mil hectares, com aumento de 4,4% na comparação com a safra anterior, e celebrou 78 mil hectares com aplicação seletiva de defensivos, 8 fazendas com lavouras conectadas à internet e expansão das atividades da SLC Sementes e Integração Lavoura-Pecuária e Floresta. Em negociação para aquisição da Terra Santa, outro gigante do agro, a SLC espera se tornar a maior produtora do Brasil, somando 601,5 mil hectares, caso o negócio seja concluído com aquisição total.


1º lugar: Grupo Bom Futuro – 583 mil hectares - “Tornar-se o maior produtor individual de soja no mundo e o maior na cultura do algodão no Brasil, nunca foi um propósito na Bom Futuro, mas se tornou uma consequência através de um planejamento eficaz, trabalho em equipe, auxilio da tecnologia e principalmente a harmonia com a natureza ao produzir toneladas de grãos e plumas de algodão em uma área total aproximada de 583 mil hectares cultivados em Mato Grosso.” Esse é o anunciado na apresentação do Grupo Bom Futuro, o maior produtor agrícola do país na atualidade e que tem como carro-chefe a soja, totalizando uma produção aproximada de 1,3 milhão de toneladas por safra. Atualmente, a Bom Futuro possui 33 unidades centralizadoras de produção em Mato Grosso, sendo 21 unidades de Beneficiamento e Armazenamento de Grãos, 9 unidades de Beneficiamento de Algodão e 3 unidades de Beneficiamento de Sementes. O grupo tem mais de 30 anos de atuação no Estado de Mato Grosso. As atividades são distribuídas em todo o estado, gerando desenvolvimento e inúmeras oportunidades para centenas de municípios. (Portal Canal Rural)


Bayer pode retirar glifosato dos EUA

A Bayer AG afirma que vai avaliar se continuará usando o ingrediente ativo glifosato em seu popular herbicida de marca Roundup no mercado residencial dos Estados Unidos, noticia nesta semana o The Wall Street Journal. A decisão vem na esteira de mais um revés judicial sofrido na última quarta-feira. Na semana passada o juiz distrital dos EUA Vince Chhabria, da cidade de San Francisco, California, rejeitou o plano de acordo proposto pela Bayer AG para resolver ações judiciais futuras de pacientes que afirmam terem contraído câncer por usar o Roundup para jardinagem. A multinacional alemã havia anunciado anteriormente que pagaria até US$ 9,6 bilhões para encerrar os casos existentes, bem como outros US$ 2 bilhões para reivindicações futuras – numa espécie de “fundo” para auxiliar pacientes que alegam terem desenvolvido câncer em função do herbicida.


Em busca de acordo - A Bayer AG perdeu três processos entre os anos 2018 e 2019 para usuários do Roundup que acusam o produto de provocar linfoma não-Hodgkin. Após o resultado negativo nas primeiras decisões da Justiça norte-americana, a empresa busca um acordo coletivo para encerrar cerca de 125.000 outras reclamatórias semelhantes. Em seu despacho de seis páginas na última quarta-feira, 26 de maio, Chhabria decidiu que a proposta da Bayer AG beneficiaria a empresa muito mais do que os usuários do Roundup. Ele aponta o que chamou de “falhas gritantes” da empresa, alegando que o acordo oferecido era “claramente desarrazoado” e oferecia poucos benefícios para aqueles que ainda não adoeceram, ao mesmo tempo que os forçava a abrir mão de direitos legais substanciais no futuro.


Discutindo o mercado residencial americano - A Bayer disse que “se reunirá imediatamente com parceiros para discutir o futuro dos produtos à base de glifosato no mercado residencial dos EUA”. A multinacional alemã afirma, no entanto, que continuará a fornecer o herbicida para usuários agrícolas, maior mercado consumidor deste ingrediente ativo, e que considera o produto essencial na agricultura moderna. A empresa também disse que buscará a aprovação da EPA - Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos para incluir nos rótulos do Roundup informações sobre os estudos científicos que comprovam a segurança do produto. (Portal AGROLINK)


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