"Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo brota a luz."
(Victor Hugo)
Perda da visão com a idade é interrompida olhando luz vermelha
Olhar para uma luz vermelha por três minutos por dia pode reduzir significativamente a diminuição da visão que se observa com a idade. A descoberta pode significar o surgimento de uma nova terapia ocular simples e acessível, feita em casa, para praticamente todas as pessoas, uma vez que o declínio da visão é tido como um fenômeno natural e universal. "À medida que você envelhece, seu sistema visual diminui significativamente, principalmente a partir dos 40 anos. A sensibilidade da sua retina e sua visão de cores são gradualmente prejudicadas e, com o envelhecimento da população, esta é uma questão cada vez mais importante. Para tentar conter ou reverter esse declínio, pretendemos 'reinicializar' as células envelhecidas da retina com pequenas rajadas de luz de ondas longas," explicou o professor Glen Jeffery, da Universidade College de Londres.
Luz contra perda de visão - Por volta dos 40 anos de idade, as células da retina começam a envelhecer, e o ritmo desse envelhecimento é causado, em parte, pelo declínio natural das mitocôndrias das células, cujo papel é produzir energia, conhecida como ATP para alimentar a função celular. A densidade mitocondrial é maior nas células fotorreceptoras da retina, que possuem alta demanda de energia. Como resultado, a retina envelhece mais rapidamente do que outros órgãos, com uma redução de 70% do ATP ao longo da vida, causando um declínio significativo na função dos fotorreceptores, que passam a não ter energia para desempenhar seu papel normal. Os pesquisadores teorizaram então que poderiam fornecer energia adicional para as células da retina por meio de luz. Eles começaram trabalhando com cobaias - camundongos, abelhas e até moscas da fruta - e perceberam melhorias significativas na função dos fotorreceptores da retina quando os olhos eram expostos a uma luz vermelha profunda, com comprimento de onda de 670 nanômetros. "As mitocôndrias têm características específicas de absorbância da luz que influenciam seu desempenho: comprimentos de onda maiores, que variam de 650 a 1000 nanômetros são absorvidos e melhoram o desempenho mitocondrial ao aumentar a produção de energia," disse o professor Jeffery.
LED vermelho profundo - Os experimentos em humanos mostraram que a luz de 670 nanômetros não tem impacto em indivíduos mais jovens, mas gera melhorias significativas na visão daqueles com cerca de 40 anos de idade ou mais. A sensibilidade ao contraste das cores - afetando os cones, as células com capacidade de detectar cores, melhorou em até 20% em alguns voluntários. As melhorias foram mais significativas na parte azul do espectro de cores, que é mais vulnerável ao envelhecimento. A sensibilidade dos bastonetes, células com a capacidade de ver em situações de pouca luz, também melhorou significativamente em pessoas com cerca de 40 anos ou mais, embora menos do que o contraste de cores. "A tecnologia é simples e muito segura, usando uma luz vermelha profunda de um comprimento de onda específico, que é absorvido pelas mitocôndrias na retina que fornecem energia para a função celular. Nossos dispositivos custam cerca de 15 dólares para serem produzidos, portanto a tecnologia é altamente acessível ao público," disse o professor Jeffery. (Texto extraído do artigo científico “Optically improved mitochondrial function redeems aged human visual decline”, dos autores: Harpreet Shinhmar, Manjot Grewal, Sobha Sivaprasad, Chris Hogg, Victor Chong, Magella Neveu, Glen Jeffery, D. Phil, publicado no Journal of Gerontology)
Notre Dame Intermédica compra a mineira Climepe
A operadora de saúde Notre Dame Intermédica anunciou ontem que fechou acordo para compra de 100% da operadora mineira de saúde Climepe por 168 milhões de reais. A Climepe atua em Poços de Caldas e no sul de Minas Gerais, e tem uma carteira com 33 mil beneficiários de saúde, 6 mil de dental e um hospital com 119 leitos incluindo 16 de UTI, uma unidade especializada em procedimentos de baixa complexidade e um Centro de diagnóstico por imagem. Em 2019, a Climepe teve receita líquida de 74,4 milhões de reais, e Ebitda de 10 milhões de reais, uma margem de 13,6%. "O plano de integração prevê relevantes sinergias administrativas e operacionais", afirmou a Notre Dame no fato relevante. (Agência de notícias REUTERS)
“Vai faltar soja no mundo?”
“Vai faltar soja no mundo e há uma demanda reprimida – portanto, plante tudo o que puder”, recomenda a T&F Consultoria Agroeconômica, empresa brasileira especializada na comercialização do mercado nacional e internacional de produtos agropecuários. “Por que dizemos para plantar toda a soja que for possível para a próxima temporada? Porque vai faltar soja no mundo. A tensão EUA-China atrasou a produção mundial e a demanda da China em dois anos, como mostram os gráficos. Há, portanto, uma grande demanda reprimida que continuará nos próximos dois anos, pelo menos, para ser normalizada”, aponta a T&F. “As indústrias chinesas permaneceram ativas no mercado brasileiro de soja para 2021, apesar dos prêmios mais elevados, dado o recente aumento da demanda”, aponta a equipe de analistas da consultoria.
Fatores motivando as projeções de demanda por soja - Os especialistas elencam três grandes fatores que justificam suas projeções. O primeiro é que a taxa média de crescimento da produção mundial, que caiu 6,49% em 2019 sobre o ano anterior, deverá ser de apenas 0,55% acima de 2018 em 2020. O segundo é que a taxa média de crescimento de esmagamento de soja na China, que tinha crescido apenas 4,12% em 2019, um aumento de 3,5 MT em relação ao ano anterior, deverá aumentar para 5,65%, passando de 88,5 MT para 93,5 MT em 2020 aumento de 5,0 MT em relação a 2019 e 10 MT em relação a 2018, e o terceiro fator se refere ao fato que já no dia 17 de Julho deste ano projetou-se um aumento dos custos de produção em 2020 para algo ao redor de R$ 72,00, contra R$ 67,94/saca da atual temporada e projetou-se um preço médio de R$ 95,00 - está R$ 100,00 no PR, ao redor de R$ 95,00 no RS, para o agricultor. Com isto, chega-se a um lucro nada desprezível de 31,94% para a próxima safra da soja.
O dólar - De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, a volatilidade da moeda norte-americana foi controlada nos últimos dias, e o dólar fechou a última semana do mês de Julho praticamente estável comparado à semana anterior. “Espera-se menos volatilidade adiante. O Covid-19 segue no radar dos investidores globais, com número de infecções renovando recordes diários nos EUA. Destaque para a queda de 32% no PIB americano no 2º trimestre. No Brasil, cenário é de mais otimismo, o que deve manter suporte baixista ao dólar no curto prazo”, concluem os analistas.
China compra tudo e falta soja: preço recorde
Segundo apurou a pesquisa diária do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam ontem, segunda-feira, 03, com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo 0,86% nos portos, para R$ 120,14/saca, contra R$ 119,12/saca do dia anterior. A T&F Consultoria Agroeconômica aponta que, com pouquíssima disponibilidade e grande demanda, os preços da soja no Rio Grande do Sul subiram significativamente e houve alguns volumes comercializados: “Isto gerou grande tensão, no sentido de ter demanda, bater recorde de preços, e a oferta estar pequena. Mas, os agricultores não devem lamentar, porque se tivessem guardado soja o preço não seria tão alto. É a falta que faz o preço subir. No Paraná preços da soja subiram forte novamente entre 3 e 4 reais/saca”. De acordo com a equipe da T&F, a nova safra do Brasil domina as compras chinesas.
Pleno interesse mundial nos grãos do Brasil - “As indústrias esmagadoras de soja da China tiveram uma reviravolta acentuada na semana passada, preenchendo a maioria de suas compras semanais de carga de grãos para 2021 no Brasil e diminuindo significativamente o ritmo de compra nos EUA em meio a laços diplomáticos estremecidos”. De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, o mercado brasileiro vive pleno interesse mundial na compra de seu grão, principalmente a soja: “Somente nesta última semana tivemos um total de 939 mil toneladas da oleaginosa saindo do Brasil, contra 153 mil na Argentina e 445 mil nos Estados Unidos. No caso do milho, foram 1,45 milhão de toneladas embarcada nesta última semana nos portos do Brasil, registrando um novo recorde para 2020, entretanto ainda são 500 mil toneladas abaixo do volume registrado no mesmo período em 2019”, concluem os analistas da ARC Mercosul. (Portal AGROLINK)
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