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Últimas Notícias | 15 de janeiro de 2021

Ano 14, Edição 004.


"A ambição é como a fome. Sua única lei é seu apetite." (Autor desconhecido)


Implante que controla apetite pode substituir cirurgia bariátrica

A cirurgia de redução do estômago, ou cirurgia bariátrica, algumas vezes é o último recurso para quem luta contra a obesidade ou tem sérios problemas de saúde devido ao peso. Mas ela é muito invasiva e tem um período de recuperação dos pacientes relativamente longa. E que tal substituir toda a cirurgia por um pequeno implante que modera o apetite? Esta é a ideia de médicos e pesquisadores da Universidade A&M do Texas, nos EUA, que criaram um dispositivo médico que pode ajudar na perda de peso e requer um procedimento operatório mais simples para implantação. O dispositivo, com um centímetro de comprimento, fornece a sensação de saciedade estimulando as terminações do nervo vago com luz. Ao contrário de outros dispositivos, que requerem um cabo de alimentação, este implante é sem fio e pode ser controlado externamente a partir de uma fonte de radiofrequência.


O implante inovativo - "Queríamos criar um dispositivo que não apenas exigisse cirurgia mínima para implantação, mas também nos permitisse estimular terminações nervosas específicas no estômago," disse o Dr. Sung Il Park. "Nosso dispositivo tem o potencial de fazer essas duas coisas em condições gástricas adversas, o que, no futuro, pode ser extremamente benéfico para pessoas que precisam de cirurgias dramáticas para perda de peso." Apesar de minúsculo, o aparelho contém uma complicada eletrônica embarcada. O pesquisador afirma que o implante também poderá ser usado no futuro para manipular as terminações nervosas ao longo do trato gastrointestinal e outros órgãos, como o intestino, com pouca ou nenhuma modificação. "A optogenética sem fio e a identificação de vias neurais periféricas que controlam o apetite e outros comportamentos são de grande interesse para pesquisadores nos campos do estudo básico e aplicado em eletrônica, ciência dos materiais e neurociência," disse Park. "Nossa nova ferramenta agora permite interrogar a função neuronal nos sistemas nervosos periféricos de uma forma que era impossível com as abordagens antes existentes."


(Texto extraído do artigo científico “Organ-specific, multimodal, wireless optoelectronics for high-throughput phenotyping of peripheral neural pathways”, dos autores Woo Seok Kim, Sungcheol Hong, Milenka Gamero, Vivekanand Jeevakumar, Clay M. Smithhart, Theodore J. Price, Richard D. Palmiter, Carlos Campos, e Sung Il Park, publicado pela Nature Communications)


Canadense Couche-Tard quer comprar e oferece 20 bilhões de dólares pelo Carrefour

Maior rede de lojas de conveniência e postos de combustíveis do mundo, a canadense Alimentation Couche-Tard surpreendeu ontem ao oferecer 16,3 bilhões de euros, ou pouco menos de 20 bilhões d dólares, pelo grupo francês Carrefour. A oferta representa um prêmio de 30% sobre o valor das ações do Carrefour na bolsa na terça-feira, e está sendo “considerada seriamente” pelos principais acionistas do grupo francês. Se a negociação avançar, será a maior aquisição na história do varejo e criará a terceira maior companhia do setor, só atrás de Walmart e Amazon. Juntas, Couche-Tard e Carrefour teriam faturamento anual de 152 bilhões de dólares, 30 mil lojas e 450 mil empregados.


O Carrefour - Passa por reestruturação há três anos. O processo ainda não conseguiu destravar completamente o valor de mercado da empresa e isso estaria dificultando a saída dos principais sócios. A família Moulin é a maior acionista (9,7% do capital), seguida da família do empresário brasileiro Abílio Diniz (7,6%) e de Bernard Arnault (5,5%). Segundo fontes próximas a Arnault, ele tem interesse em negociar sua participação. Ontem, a ação da rede francesa subiu 13,42% na bolsa de Paris, cotada a 17,54 euros, um valor mais próximo aos 20 euros oferecidos pela Alimentation Couche-Tard. Já o papel do grupo canadense caiu 10,19% na bolsa de Toronto, em parte por desconhecimento dos investidores quanto aos detalhes da oferta. Como a companhia vem fazendo aquisições em vários mercados, analistas querem entender melhor os ganhos de possível compra do Carrefour.


A Couche-Tard - Dona de três bandeiras de lojas de conveniência (Corner Store, Circle K e Holiday), com vendas de US$ 54 bilhões no último ano fiscal, o grupo canadense busca no Carrefour acesso mais rápido a mercados emergentes, como a América Latina, e a novos modelos de operação no varejo alimentar. Analistas disseram que o negócio não provoca transferência de controle acionário do Carrefour no Brasil, impedindo a possibilidade de “tag along”, mecanismo de proteção dos minoritários. (Jornal Valor Econômico)


Macron: Comprar soja do Brasil é endossar desmatamento da Amazônia

O presidente da França, Emmanuel Macron, associou na terça-feira, 12, a soja do Brasil ao desmatamento da floresta amazônica, e defendeu a produção da oleaginosa no continente europeu como alternativa. Em publicação no Twitter, ele afirmou que “continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazônia”. “Somos consistentes com as nossas ambições ecológicas, lutamos para produzir soja na Europa!”, escreveu ele na rede social. Em nota, a ABIOVE - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais rebateu as críticas de presidente francês afirmando que, “como bem sabe Macron”, a soja produzida no bioma amazônico do Brasil é livre de desmatamento desde 2008, graças à Moratória da Soja. A entidade, que representa as principais tradings de soja no país, ressaltou que a moratória é uma iniciativa internacionalmente reconhecida, que monitora, identifica e bloqueia a aquisição da oleaginosa produzida em área desmatada no bioma, garantindo que existe risco zero do envio de soja de área desmatada, legal ou ilegal, deste bioma para mercados externos. Além disso, a entidade ainda disse que as declarações do presidente foram utilizadas como justificativa para os subsídios ofertados aos produtores franceses. “A ABIOVE lamenta que o presidente da França, Emmanuel Macron, busque justificar sua decisão de subsidiar os agricultores franceses atacando a soja brasileira”, afirmou.


Contra o acordo da UE com o MERCOSUL - Os comentários de Macron vêm em momento em que o governo francês tem feito oposição à atual versão do acordo comercial entre a União Europeia e o MERCUSUL, citando preocupações com o desmatamento. Em dezembro, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que a França é “o grande problema” para um avanço no acordo entre MERCOSUL e europeus. Ele também disse que os franceses são concorrentes do país no setor de commodities. Em 2020, a França comprou 83.458 toneladas em soja do Brasil, abaixo de países europeus como a Espanha (2,8 milhões de toneladas), segundo informações do sistema Agrostat, compiladas pelo Ministério da Agricultura. A China, principal compradora, adquiriu 60,6 milhões de toneladas. (Agência de notícias REUTERS)


Por que a agropecuária brasileira é campeã

Com frequência, analistas perguntam quais são as causas do sucesso da agropecuária brasileira quando comparada com os demais setores da economia. Foram quatro fatores internos e um externo. Os internos: tecnologia tropical sustentável criada em nossos institutos de pesquisa públicos e privados, área para crescer horizontalmente, gente capaz em todos os elos das cadeias produtivas e algumas políticas públicas.


Tecnologia tropical sustentável - Nos últimos 30 anos, por exemplo, a área plantada com grãos cresceu 74% enquanto o volume produzido aumentou 346%. E o mais expressivo: hoje cultivamos 66 milhões de hectares por ano com grãos; se tivéssemos a mesma produtividade de 30 anos atrás, seriam necessários mais 103 milhões de hectares para conseguir a colheita recorde de grãos (mais uma!) de 2020. Em outras palavras, 103 milhões de hectares de cerrados, matas e outros biomas foram preservados: isso é sustentabilidade de fato!


Disponibilidade de terras - Quanto à terra disponível, segundo a EMBRAPA, ainda temos mais de 65% do nosso território coberto por vegetação nativa, e apenas 9% dele é ocupado com todas as plantas cultivadas, de alface a eucalipto. Mais 21% são pastagens. E o avanço tecnológico da pecuária brasileira está liberando terras para agricultura de alimentos, desobrigando-nos de desmatamentos na Amazônia e em outros biomas.


Nível de capacitação da mão de obra - Sobre gente: enquanto na Europa e na Ásia os agricultores não encontram sucessores, no Brasil há uma nova geração de jovens bem preparados no campo, inclusive para a gestão inovadora da agricultura 4.0 determinada pela digitalização e conectividade.


Políticas públicas - No que diz respeito a políticas públicas, destacam-se o Moderfrota, que permitiu a renovação do parque de máquinas agrícolas sucateado no final dos anos 90, e a queda das taxas de juros reais.


O Agro e a Pandemia - A tragédia da Covid-19 trouxe duas gigantescas questões para um futuro imediato: segurança alimentar e sustentabilidade. Ambas passam pela agropecuária, e o Brasil saiu na frente: foi um dos poucos países a aumentar exportações de alimentos em plena pandemia. Exportamos mais soja, carnes e açúcar, mostrando competitividade e driblando a problemática logística e a burocracia.


Crescente demanda externa - Houve também o importante fator externo: a crescente demanda de países consumidores, especialmente asiáticos (com ênfase para a China), que estimulam a expectativa do papel protagonístico do agro brasileiro no combate à fome nos próximos anos. Estudos da OCDE e do USDA coincidem em que, para acabar com a fome no mundo em dez anos, a oferta de alimentos precisa crescer 20%. Para isso acontecer, e pelas mesmas razões acima descritas, o Brasil precisa aumentar suas exportações de alimentos em 40% no período. Será possível isso, transformando o Brasil no campeão mundial da segurança alimentar e, por conseguinte, da paz, visto que esta não acontecerá enquanto houver fome? Sim, desde que resolvamos velhos problemas de...


Infraestrutura e logística - Desde que tenhamos uma diplomacia capaz de organizar acordos bi ou multilaterais com países ou grupos deles (como o sonhado entre UE e MERCOSUL), e desde que resolvamos certos temas que mascaram nossa competitividade, como desmatamentos ilegais, incêndios criminosos, invasão de terras, descumprimento de contratos. São ilegalidades cometidas por aventureiros, mas servem a interesses de concorrentes para nos tirar mercados. E temos ainda que implementar o Código Florestal e legalizar a estrutura fundiária na Amazônia. Isso feito, mostraremos o que realmente somos: uma potência agrícola e uma potência ambiental. (Revista Forbes - Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas)


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