Ano 14, Edição 043.
“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada.” (Albert Einstein)
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Bebês podem ver coisas que os adultos não conseguem
A visão geral dos cientistas é a de que nós nascemos com os sentidos todos funcionais, mas ainda imaturos, e que esses sentidos vão melhorando à medida que crescemos e precisamos mais deles. Mas não foi bem isso o que Yusuke Nakashima e colegas da Universidade Chuo de Tóquio, no Japão, observam quando se dispuseram a estudar a visão dos bebês. Os bebês geralmente têm mais dificuldade em ver e reconhecer objetos do que os adultos, o que tem sido explicado justamente por essas alegadas habilidades visuais imaturas. No entanto, durante os experimentos, bebês menores de 7 meses conseguiram perceber objetos que bebês mais velhos e adultos simplesmente não conseguem ver. Este resultado surpreendente indica que pode haver mecanismos diferentes de percepção visual entre bebês e adultos, e não meramente uma sequência de imaturo, ou menos capaz para maduro, ou mais capaz.
Máscara visual retrógrada - Nós somos bons em reconhecer objetos já vistos, mesmo que eles nos sejam apresentados por um breve período. No entanto, se outro objeto aparece imediatamente após o primeiro, a percepção sobre aquele primeiro objeto é prejudicada de tal forma que nem mesmo notamos sua existência. Este fenômeno perceptivo, denominado "máscara visual retrógrada"- retroativa e reversa também são termos usados - é usado na ciência da visão para estudar como a percepção visual é processada no cérebro. Curiosamente, esse fenômeno ocorre mesmo se o segundo objeto não se sobrepõe espacialmente ao primeiro objeto, como um contorno ou quatro pontos ao redor do mesmo. Os cientistas supõem que a ocorrência desse fenômeno seja devida a uma interrupção do "processamento de feedback". Quando vemos algo, a informação visual é processada em série, indo das áreas visuais inferiores para as superiores no cérebro, de uma maneira ascendente. No entanto, o processamento de feedback de cima para baixo, no qual os sinais visuais são enviados de volta das áreas superiores para as inferiores, também desempenha um papel crítico na percepção visual. Acredita-se que o mascaramento retroativo visual ocorra devido a interferências nessas idas e vindas do processamento de feedback.
O estudo - "Nós aplicamos o mascaramento reverso em bebês de 3 a 8 meses para examinar o desenvolvimento do processamento de feedback," explica o professor Yusuke Nakashima. Para testar se o mascaramento retrógrado ocorre em bebês, os pesquisadores apresentavam imagens de rostos em uma tela de computador e mediam o tempo que os bebês passavam olhando para eles - como os bebês tendem a olhar para os rostos por mais tempo, os pesquisadores podem testar se eles percebem os rostos medindo o tempo do olhar. Os rostos foram apresentados de duas maneiras: Em uma condição, um rosto era seguido por uma imagem de máscara, na qual os bebês não veriam o rosto se o mascaramento ocorresse. Em outra condição, nada aparecia após o rosto; assim, os bebês seriam capazes de ver o rosto. Os pesquisadores descobriram que os bebês de 7 a 8 meses não conseguem ver rostos seguidos pela máscara, indicando que ocorreu o mascaramento retrógrado, semelhante ao que acontece nos adultos. Por outro lado, os bebês de 3 a 6 meses conseguiram perceber os rostos mesmo quando eles eram seguidos pela imagem da máscara, indicando que o mascaramento não ocorreu e que bebês mais novos podiam ver rostos que bebês mais velhos não podiam.
Conclusão - "Estes resultados sugerem que o processamento de feedback é imaturo em bebês com menos de 7 meses," disse Nakashima. "Ou seja, bebês mais jovens não têm o processamento de feedback com o qual o mascaramento reverso poderia interferir e, portanto, o mascaramento é ineficaz para eles." Isto demonstra que os mecanismos de percepção visual mudam drasticamente no primeiro ano de vida, principalmente que objetos que podem ser percebidos na primeira infância tornam-se imperceptíveis durante o desenvolvimento. "Isso pode parecer contra-intuitivo," comentou a professora Masami Yamaguchi, "uma vez que o que se esperava é que habilidades visuais importantes fossem adquiridas pelo amadurecimento do indivíduo." Você hoje é o mesmo você do seu passado e do seu futuro?
(Texto extraído do artigo científico entitulado “Perception of invisible masked objects in early infancy”, dos autores Yusuke Nakashima, So Kanazawa, e Masami K. Yamaguchi, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences)
Brasileiros preferem bancos digitais
A relação da população com os bancos não é mais a mesma. Um levantamento que apresenta o diagnóstico do usuário de instituições financeiras mostra que 25% dos brasileiros abriram uma nova conta no ano passado, a maioria delas, digitais. Os dados fazem parte da pesquisa da Quanto, plataforma pioneira em open banking, em parceria com a Constellation Asset Management, tradicional gestora de investimentos em empresas no Brasil. Ao todo, duas mil pessoas responderam uma pesquisa on-line, realizada em dezembro do ano passado. Três em cada quatro afirmam ter conta em mais de um banco e 70% possui conta em uma fintech. No total, 62% preferem o banco digital, mas seguem com contas nos bancos tradicionais para contribuir com o histórico financeiro. A expectativa do setor é que a digitalização de todas as instituições financeiras seja completa até o final do ano, pela iniciativa Open Banking, do Banco Central.
A fidelidade geracional também é diferente - Entre as pessoas com menos de 30 anos, 27% mantiveram a mesma conta bancária principal por mais de três anos, enquanto a porcentagem do público com mais de 50 anos na mesma situação é de 67%. O levantamento apontou que, mesmo com a abertura de novas contas, metade dos entrevistados nunca fechou uma conta visando momentos de procura por crédito e financiamento. A possibilidade da abertura de contas digitais democratiza o acesso ao crédito. “Uma parcela significativa da população não tem limite de crédito razoável no cartão, e as que têm estão pagando taxas altas, com a diversificação de provedores de serviços financeiros e conexão por meio do open banking. Isso deve mudar”, é o que afirma o sócio da Constellation, Eduardo Dumans. Para Dumans, a preocupação em manter uma conta tradicional está além da preocupação com o crédito. “Embora o brasileiro goste de testar novidades e aprove as vantagens do digital, o fato de ter um ponto físico dá mais segurança”, afirma. “Somado a isso, justamente pela concorrência das fintechs, os grandes bancos estão cobrando taxas menores.”
O open banking - Banco aberto, ou sistema bancário aberto ou partilhamento de dados bancários pessoais, é um termo da área de serviços financeiros, que é parte da tecnologia financeira, relativo a um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições. Eduardo Dumans reforça que a variedade de instituições e o desenvolvimento do open banking serão decisivos para o cenário dos investimentos. “O mundo financeiro está sofisticado. Há tantos fundos, tantas ações e possibilidades para investir que o consumidor vai escolher a empresa que é capaz de dar um melhor atendimento para ajudar na jornada financeira e tirar dúvidas”, diz Dumans. Segundo o CEO e fundador da Quanto, Ricardo Taveira, o desenvolvimento do open banking amplia o empoderamento do usuário. Para Taveira, a pesquisa estampa a característica do brasileiro de gostar de testar novos produtos e possibilidades, além de ser receptivo à propostas que gerem benefícios.
Open banking e histórico financeiro - “Quando eu encerro minha conta com um banco que eu tive por dez anos para testar um banco digital, não vejo mais necessidade de ter esse relacionamento com a instituição interior”, diz Taveira. “O problema é que ao encerrar o relacionamento, esse banco prévio não tem mais obrigação de compartilhar os meus dados. Você acaba perdendo o seu histórico. O open banking faz com que o usuário não perca essa história.”
O pioneiro Nubank - A pesquisa também indicou o Nubank como top of mind entre os bancos digitais, sendo lembrado por 47% dos entrevistados e apontado como banco principal por 22% entre os entrevistados, seguido pelo Inter, com 21%. Ao todo, 16 instituições foram mencionadas. A discussão está tão em alta que até o economista e ex-BBB, Gilberto Nogueira, o popular Gil do Vigor, virou garoto-propaganda do assunto para o banco Santander, um dos cinco maiores bancos do País.
Regulamentação do Open Banking - Open banking possibilita a comunicação digital entre diferentes instituições financeiras. Dessa forma, consumidores podem compartilhar informação, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados e, com isso, realizar movimentação de produtos como financiamentos, seguros, investimentos, cartão de crédito e extratos de contas de forma mais prática. Para isso, as redes se conectam por meio do API - Application Programming Interface, que permite o acesso de terceiros a informações financeiras necessárias para desenvolver novos aplicativos e serviços, fornecendo aos titulares de contas maiores opções de transparência financeira.
A implementação do Open Banking pelo Banco Central - O BC segue um cronograma com quatro fases para implementação do Open Banking Brasil: 1° de fevereiro, 15 de maio, 30 de agosto e 15 de dezembro. O processo é feito com diversas instituições financeiras e demais organizações autorizadas a funcionar pelo BC, sendo algumas voluntárias e outras obrigatórias, como os maiores bancos – Bradesco, Itaú-Unibanco, Caixa Econômica Federal e Santander. O objetivo é realizar a conexão entre as diferentes instituições em uma mesma plataforma de modo seguro e respeitando o compartilhamento de dados dos usuários. A fase inicial, em vigor, nomeada de Open Data, busca promover o compartilhamento de informações públicas sobre canais de atendimento, produtos e serviços. As instituições participantes devem registrar-se como “instituição transmissora e receptora de dados” e deverão realizar a publicação das suas APIs no diretório de participantes, segundo o BC. (Portal E-investidor)
O Agro e as transformações digitais no Brasil
Na noite de terça-feira, 06.07, o evento 100% online, denominado 18º AGRIMARK BRASIL, foi transmitido pelo YouTube e reuniu especialistas para debater sobre as mudanças do mercado agropecuário no Brasil, que está utilizando cada vez mais ferramentas e tecnologias que irão beneficiar ainda mais o setor produtivo, com novas soluções digitais e automatizadas no campo. O evento online contou com mais de 1600 inscritos. O propósito do evento foi ressaltar a evolução, a transformação digital e a adoção de soluções tecnológicas nas cadeias produtivas. Com edição nacional, o evento esteve na agenda dos principais líderes e formadores de opinião ligados ao agronegócio, produtores rurais, entidades setoriais, autoridades, pesquisadores, acadêmicos e profissionais do setor no Brasil, além de reunir empresas que estão criando projetos digitais, influenciadores, investidores, aceleradoras, especialistas em tecnologia e startups que trazem soluções econômicas, escaláveis, tecnológicas, disruptivas e inovadoras em toda a cadeia produtiva do agronegócio.
O uso de tecnologia digital no agronegócio - A abertura oficial do evento feita pela diretora de Inovação do Ministério da Agricultura, Sibelle de Andrade Silva, que representou a ministra da agricultura, Teresa Cristina, salientando que um dos grandes objetivos do MAPA é levar aos produtores conhecimento, oportunidade de uso de dispositivos e sensores, previsão climática para que tenham tomada de decisões mais robustas, com dados mais completos, com reflexos positivos na produtividade e resultados financeiros. "No nosso agro, 85% dos pequenos e médios produtores já estão usando algum tipo de tecnologia digital para gerenciamento de suas propriedades. E mais, 94% dos produtores rurais têm celulares e, desses, 68% possuem smartphones. Nosso produtor rural demanda tecnologia e está apto para continuar inovando com agricultura digital. E eventos como esse aceleram a difusão de conhecimento e tecnologias para o setor e para toda a sociedade. Nosso trabalho é levar informação para o agronegócio, para que tenhamos uma agropecuária mais inovadora e sustentável", acrescentou Sibelle de Andrade Silva.
Transformação digital no campo - A transformação digital no campo é uma das respostas necessárias para suprir a demanda de alimentos de uma forma sustentável do ponto de vista socioambiental. O agronegócio brasileiro está cada vez mais digital, com aporte de novas tecnologias que ajudam a alcançar números positivos e alia, a isso, a preservação ambiental. Técnicas como plantio direto, irrigação, produtos biológicos, sistemas integrados de produção elevam ganhos na produtividade, sem abrir novas áreas. Enquanto países como Espanha e França usam de 20 a 30% de seu território para a agricultura, o Brasil usa menos de 10%, segundo dados da EMBRAPA.
A tomada de decisões pelos agricultores mais jovens no Brasil - O tema “Startups aceleradoras de inovação” ficou no comando do CEO da Ag Tech Garage, José Tomé e o Diretor de Estratégia da Startup Santos Lab, Bruno Teixeira. O CEO da Ag Tech Garage, José Tomé, afirmou que há muito tempo os produtores estão muito abertos, eles precisam ter acesso às informações em que eles estão interessados em aprender e evoluir. Precisamos ter este cuidado. 'Hoje nós já percebemos o crescimento de produtores mais jovens tomando decisões. E o jovem quer ser empreendedor. É um movimento fantástico que estamos presenciando', completou. O Diretor de Estratégia da startup Santos Lab, Bruno Teixeira, salientou que a tecnologia permite interagir com a natureza. "Estamos em um momento importante do agro no Brasil, já vimos uma série de revoluções que a tecnologia trouxe para o setor e a próxima sem dúvida, é a sustentabilidade. Tecnologia é a revolução possível do agro brasileiro', reforçou Teixeira.
Agradecimento por vivenciar a evolução do agro e sustentabilidade - O professor Doutor da USP e FGV Marcos Fava Neves externou agradecimento por ter presenciado todas as revoluções no agro no país. “Nós vimos o Brasil assumir um papel preponderante nas importações mundiais e nós temos a chance de finalizar a década sendo o primeiro no mundo também nas culturas do milho e algodão. Fizemos um trabalho muito bem feito e usando uma área pequena do país, hoje são 68 milhões de hectares para grãos de um total de 850 milhões de hectares do Brasil", completou Fava Neves. O Prof. Dr. Xico Graziano finalizou o evento e afirmou que sustentabilidade não é mais assunto apenas de ecologista. 'Sustentabilidade é business, é uma agenda que está crescendo, basta entrar nos supermercados', argumentou. (Portal AGROLINK)
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