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ÚLTIMAS NOTÍCIAS | Ano 12 | Edição 023


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"Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade." (Esopo)

Para melhorar o bem-estar

Diversos estudos comprovam que exercícios físicos regulares e prática do mindfulness (meditação) são capazes de melhorar não só o humor como o sono e a capacidade de concentração. Eles também reduzem os níveis de estresse. Vale lembrar que os brasileiros são, segundo a Organização Mundial de Saúde, os que mais sofrem com ansiedade.


Mais da metade dos brasileiros está acima do peso

Cerca de 53% da população brasileira está com excesso de peso e 45,8% pratica uma atividade física insuficiente. Os dados constam a última edição da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde. Os números estão longe da meta da OMS - Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir a inatividade física em 15% até 2030, em todo o mundo. "Acredita-se que um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física de forma suficiente", disse Rogério Scarabel, da ANS - Agência Nacional de Saúde. A ANS recém lançou o projeto Movimentar-se É Preciso, estimulando as operadoras de saúde a realizarem programas voltados a atividades físicas de seus clientes.


Programas de atividade física - Atualmente existem 1.822 programas desse tipo cadastrados junto à ANS, contemplando cerca de 2,25 milhões de beneficiários de planos de saúde. O número de programas cresceu 432% em sete anos. Das 743 operadoras médico-hospitalares ativas com beneficiários, 394 - 53% do total - têm programas desse tipo. Das 394 operadoras exclusivamente odontológicas ativas com beneficiários, somente 15 (4,27%) têm programas registrados na ANS.


Benefícios da atividade física - A atividade física regular é fundamental para prevenir e tratar DCNTs - doenças crônicas não transmissíveis, entre as quais se incluem as doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, além de diversas condições mentais: como a atividade física pode prevenir o encolhimento do cérebro, os exercícios podem prevenir Alzheimer. Segundo a ANS, essas enfermidades são responsáveis por 71% de todas as mortes no mundo, incluindo as mortes de 15 milhões de pessoas por ano entre 30 e 70 anos. Além de constituir um desafio para a saúde, a inatividade física custa cerca de US$ 54 bilhões em todo o mundo em assistência médica direta, dos quais 57% são incorridos pelo setor público. (Diário da Saúde)


ANVISA reduz burocracia com novas resoluções

Menos burocracia e mais facilidade nos processos de registro de medicamentos. Essa premissa do trabalho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária vem ganhando ainda mais ênfase na gestão da nova diretoria colegiada. Daniela Marreco Cerqueira, que comanda a gerência de produtos biológicos, destacou algumas das mais recentes deliberações que vão ao encontro dessa estratégia. Depois de estender, em janeiro de 2018, a validade de registro de produtos de saúde de cinco para dez anos, a agência informou que passará a definir os prazos de acordo com a categoria dos medicamentos – entre novos, registrados, similares, genéricos e biológicos. Os períodos de renovação serão de três, cinco ou dez anos. “A liberação dos remédios registrados já poderá ocorrer enquanto a fase III da pesquisa clínica estiver em andamento, o que tende a agilizar o acesso dos pacientes a tratamentos de doenças raras”, complementa a gerente da ANVISA.


Revisões das regras de registro de medicamentos - A ANVISA ainda abrirá uma consulta pública para estabelecer revisões nas regras de registro de medicamentos sintéticos e semi-sintéticos, produzidos por meio de manipulação química de substâncias em laboratório. O objetivo é aprimorar a regulação, mas de modo a agilizar a validação das informações coletadas durante a fase de estudo e de elaboração dos documentos. A simplificação no formato da lista de medicamentos isentos de prescrição também está na pauta. “A relação terá basicamente a denominação do fármaco e suas indicações terapêuticas”, afirma Daniela.


Licenças simplificadas - Como parte desse compromisso com a desburocratização, a agência estabeleceu procedimentos mais simples para se obter a concessão, alteração ou o cancelamento da AFE - Autorização de Funcionamento e de AE - Autorização Especial. A atualização do marco regulatório sobre o tema foi publicada no Diário Oficial do dia 11 de abril. Uma das principais mudanças foi a delimitação do prazo de 30 dias para resposta a essas solicitações, e a concessão automática da autorização em caso de não cumprimento desse prazo. (Portal Panorama Farmacêutico)


Boticário lança perfume com álcool de bagaço de cana

O Grupo Boticário lançou, na última semana, dois perfumes que usam etanol de segunda geração em suas fórmulas. Com formulação igual ao álcool tradicional, o etanol celulósico é feito a partir da biomassa, ou seja, o bagaço e a palha da cana-de-açúcar que sobra da produção inicial de etanol. De acordo com o Boticário, em até cinco anos é possível que a maior parte dos produtos da empresa seja feita com álcool de segunda geração. A meta da empresa é liderar um movimento no setor. “É o primeiro passo. Com a nossa alta demanda e se o restante do mercado seguir, acreditamos que o preço vai acabar sendo o mesmo que do álcool de primeira geração”, afirma Paulo Roseiro, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento de O Boticário. Hoje o álcool ecológico é um pouco mais caro que o tradicional.


O etanol de segunda geração - O ingrediente é produzido pela Raízen, que detém a patente para produzir etanol de segunda geração. “Aproveitamos a biomassa das nossas fazendas de cana. Temos a capacidade de gerar até 50% mais etanol da mesma área sem ter que aumentar o nosso footprint [pegadas]”, afirma Rodrigo Pacheco, gerente Industrial. Pegada de carbono é o índice que mede o impacto que determinada atividade humana na natureza, a partir da quantidade de CO2 - dióxido de carbono emitido. Segundo Pacheco, a pegada do etanol celulósico é 35% menor que a do tradicional. “Com isso, a gente pode plantar menos, colher menos, transportar menos. É um ganho real no aumento da sustentabilidade”, afirma. O etanol produzido a partir da biomassa não interfere no produto final, dado que sua fórmula é a mesma que o tradicional. Ainda assim, Pacheco afirma que é preciso haver um período para que as fábricas se adéqüem e substituam o álcool tradicional pela versão mais verde.


O etanol de perfumaria - O etanol usado na indústria de biocombustível é o mesmo que vai para a perfumaria. A primeira safra de etanol celulósico produzida em 2014 pela Raízen encheu as bombas de combustível de Piracicaba. Foi a primeira e única vez do produto em postos, desde então ele é exportado e usado como matéria-prima em diversas indústrias dos Estados Unidos e Europa. A parceria com o Boticário visa abrir as portas do setor nacional de perfumaria e cosméticos. Quando começou a ser produzido, há cerca de cinco anos, o etanol de segunda geração foi tido como o grande salvador para o setor de combustíveis alternativos. Sem atingir produções em escala industrial, muitas companhias no Brasil e no mundo desistiram dos projetos. Segundo Pacheco, nas safras seguintes a Raízen optou por vender para quem pagava melhor, no caso, empresas do exterior. Por causa dos perfumes, esse ano pela primeira vez parte da produção ficará no país desde que foi lançado. Entre 31 de março de 2017 a 31 de abril de 2018, a Raízen produziu 12 milhões de litros de etanol de segunda geração. Os perfumes lançados pelo Grupo Boticário com o álcool ecológico formam o Seja como Flor, da “Quem Disse, Berenice?”, e o “Nativa Spa Queen Vanilla”, de O Boticário. (Portal Valor Online)


Ansiedade entre empresários aumenta com recuperação lenta da economia

Empresários brasileiros que começaram o ano com grandes esperanças de que a economia finalmente se recuperaria, em meio ao otimismo com a administração Bolsonaro, estão ficando cada vez mais impacientes com a lentidão das coisas. Em conversas privadas em um evento na semana passada, executivos de algumas das maiores empresas do país expressaram desapontamento com o ritmo da recuperação econômica, preocupação com a persistentemente alta taxa de desemprego e, acima de tudo, frustração com o progresso da agenda econômica. Eles ainda estão otimistas em relação à aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso, mas esperam uma economia menor do que a imaginada anteriormente, além de um atraso no cronograma.


O evento do empresariado - Cerca de 450 executivos e autoridades se reuniram em Campos do Jordão para falar sobre as perspectivas para a maior economia da América Latina e ouvir alguns peso-pesados do governo, incluindo o ministro da Economia, Paulo Guedes. As preocupações com o ritmo lento da recuperação foram predominantes nas conversas, e já estão refletidas na confiança dos empresários, que no mês passado caiu para o nível mais baixo desde outubro, de acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. Embora a maioria dos empresários ainda prefira falar sobre política sob condição de anonimato, alguns estão falando abertamente, principalmente em defesa da agenda do governo, como fez o banqueiro André Esteves, e especialmente da reforma da Previdência, considerada fundamental para consertar as contas públicas do país. Mas outros também apontam para o que veem como erros do governo.


O núcleo beligerante do governo - “O que tira o sono à noite é esse núcleo beligerante que existe dentro do governo, que parece não ter trocado o chip da campanha para o chip do governo”, disse Flavio Rocha, que já havia participado da corrida presidencial. “Isso é a maior ameaça à reforma hoje.” O ritmo decepcionante da economia e a perspectiva ainda turva adiante têm feito com que algumas empresas que dependem da economia doméstica mantenham seus planos de investimento sob controle. As gigantes do varejo, incluindo Magazine Luiza e Carrefour Brasil, estão trabalhando com investimentos no mesmo nível de 2018 ou esperando apenas leves aumentos. (Agência de notícias Bloomberg)


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