“I ain't saying you treated me unkind
You could have done better but I don't mind
You just kinda wasted my precious time
But don't think twice, it's all right..” (Bob Dylan)
Uma predisposição natural para perdoar
Ao avaliar o caráter moral dos outros, as pessoas se apegam facilmente às boas impressões, mas prontamente ajustam suas opiniões sobre aqueles que apresentam sinais de mau comportamento. Essa flexibilidade em julgar os transgressores pode ajudar a explicar como os humanos perdoam, e por que eles às vezes permanecem em relacionamentos ruins. "O cérebro forma impressões sociais de uma forma que pode permitir o perdão. Como as pessoas às vezes se comportam mal por acidente, precisamos ser capazes de atualizar impressões ruins que se revelam equivocadas. Caso contrário, podemos terminar os relacionamentos prematuramente e perder os muitos benefícios da conexão social," explica Molly Crockett, professora de psicologia da Universidade de Yale, nos EUA.
Disposição para perdoar - Para chegar a essas conclusões, a equipe de Crockett fez uma série de experimentos, nos quais mais de 1.500 voluntários observavam as escolhas de dois estranhos que enfrentavam um dilema moral: infligir dolorosos choques elétricos em outra pessoa em troca de dinheiro. Enquanto o "bom" estranho se recusava a dar um choque em outra pessoa por dinheiro, o "mau" estranho tendia a maximizar seus lucros, apesar das consequências dolorosas para os outros. Os voluntários foram então questionados sobre suas impressões sobre o caráter moral dos estranhos e o quanto se sentiam confiantes sobre suas avaliações. Os voluntários rapidamente formaram impressões positivas e estáveis do bom estranho e mostraram-se altamente confiantes em suas impressões. No entanto, eles se mostraram muito menos confiantes de que o outro estranho era realmente mau e acreditavam poder mudar de ideia rapidamente. Por exemplo, quando o estranho malvado ocasionalmente fazia uma escolha generosa, as impressões dos voluntários melhoravam imediatamente - até que testemunhassem a próxima transgressão.
Perdão é mais fácil em relacionamentos longos - Esse padrão de atualização de impressões pode fornecer algumas dicas sobre por que as pessoas às vezes se prendem a relacionamentos ruins. "Achamos que nossos resultados revelam uma predisposição básica para dar aos outros, mesmo a estranhos, o benefício da dúvida. A mente humana é construída para manter relacionamentos sociais, mesmo quando os parceiros às vezes se comportam mal," diz Crockett. A pesquisa também pode ajudar a lançar alguma luz sobre os transtornos psiquiátricos que envolvem dificuldades sociais, como a Desordem Marginal, ou Transtorno da Personalidade Limítrofe. "A capacidade de formar impressões do caráter dos outros com precisão é crucial para o desenvolvimento e manutenção de relacionamentos saudáveis," disse a co-autora do estudo Jennifer Siegel, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. "Desenvolvemos novas ferramentas para medir a formação de impressões, o que pode ajudar a melhorar nossa compreensão da disfunção relacional."
Perdão ou vingança? O conceito de perdão parece andar deteriorado, ou deteriorando-se. Pelo menos na compreensão que alguns cientistas parecem ter dele. Psicólogos da Universidade de Adelaide, na Austrália, concluíram que é mais fácil para as pessoas perdoarem alguém quando esse alguém sofre alguma forma de punição. O Dr. Peter Strelan afirma vir estudando o perdão na tentativa de entender melhor como as pessoas podem resolver conflitos pessoais. "Justiça e perdão são frequentemente considerados como opostos, mas descobrimos que as vítimas que punem seu agressor são mais capazes de perdoar e seguir em frente," diz o Dr. Strelan. Mas será que isso pode ser chamado de perdão? Não seria mais semelhante ao seu oposto, a vingança?
Perdão funcional - "A punição pode assumir muitas formas diferentes. Pode-se dar a alguém o 'tratamento silencioso', o que em si mesmo é um castigo psicológico muito poderoso. Ou, no caso de um agressor criminoso, saber que um tribunal impôs uma sentença razoável e que a justiça está sendo feita pode ser o suficiente para algumas pessoas perdoarem," prossegue ele. "Quando você é ferido por alguém, você naturalmente se sente vulnerável, e a simples ideia de perdoar esse alguém também faz a vítima sentir-se vulnerável. Quando alguma forma de punição está envolvida, a vítima se sente fortificada pela punição e é mais capaz de perdoar," analisa o pesquisador.
Para o perdão funcionar – O Dr. Strelan reconhece que a punição não deve ser extrema ou vingativa, porque isso não iria ajudar a reparar os danos no caso de um relacionamento, podendo até mesmo piorar as coisas. "Para o perdão realmente funcionar, deve haver um sentimento de que as respostas negativas para com um transgressor estão sendo substituídas por pensamentos positivos. Não se trata de retaliação, trata-se de responder de forma construtiva e fazer algo sobre o mau comportamento das pessoas em relação a você, de uma forma que funcione para ambas as partes envolvidas no conflito," diz ele.
O que é perdão - Segundo o dicionário, perdão é a renúncia às consequências punitivas que seriam justificáveis em face de uma ação de transgressão em qualquer nível. O perdão é concedido sem qualquer expectativa de compensação e pressupõe a eliminação de qualquer exigência de pena ou castigo. Talvez o Dr. Strelan pudesse então se referir a uma forma intermediária de sentimento, eventualmente uma compreensão do erro do outro em face de ele ou ela ter arcado com as consequências. Outros estudos já demonstraram que não é necessário haver punição, bastando haver um arrependimento verdadeiro por parte do "infrator" para que o perdão seja concedido e a confiança restaurada. (Diário da Saúde)
Cristália e Eurofarma compram a parte da MSD na Supera RX
O CADE aprovou sem restrições a aquisição indireta da participação detida pela empresa farmacêutica norte-americana MSD – Merck Sharp & Dohme na joint venture Supera RX, pelas empresas farmacêuticas Cristália e Eurofarma, através da Supera Farma. A Cristália e a Eurofarma deterão, indiretamente, o controle compartilhado da Supera RX, distribuidora dos produtos produzidos pela Cristália e Eurofarma para o varejo farmacêutico no Brasil.
Cristália - Atua na produção e comercialização de medicamentos para a saúde humana, especialmente anestésicos e adjuvantes. Grande parte de sua linha de produção é destinada aos hospitais.
Eurofarma - É uma multinacional farmacêutica brasileira que atua na produção e comercialização de medicamentos, detendo dez sites de fabricação de medicamentos na América Latina, atuando nos segmentos de prescrição médica, de medicamentos isentos de prescrição, genéricos, hospitalares, licitações, oncologia, serviços a terceiros e veterinária.
Merck Sharp & Dohme - A MSD é uma empresa farmacêutica integrante do Grupo Merck, que atua globalmente com produtos para cuidado da saúde, produzindo medicamentos, vacinas, terapias biológicas e produtos veterinários, que são diretamente comercializados por suas subsidiárias e por meio de joint-ventures. O negócio permitirá à MSD redirecionar seu foco e investimentos para os demais negócios desenvolvidos pelo grupo, que estão mais alinhados com a estratégia global do grupo, ficando a cargo das sócias controladoras remanescentes, Eurofarma e Cristália, a continuidade dos negócios que detinha na Supera RX.
Catterton compra 60,5% do capital da Femme
O CADE aprovou sem restrições a aquisição, pela CMN Solutions, de 60,5% das ações do capital social da Femme, ou seja, a aquisição de seu controle societário. A CMN Solutions Participações S.A, pertence ao FIP Magnolia, fundo de investimento em participações gerido pela L Catterton, empresa de gestão de private equity com foco em bens de consumo e serviços diretos ao consumidor. Todos os laboratórios pertencentes à Femme, alvos da aquisição, estão localizados em São Paulo, Capital.
O portfólio de investimentos do FIP Magnolia no Brasil - É composto por uma participação no capital social do Grupo Espaço Laser, formado por clínicas de estética especializadas em depilação a laser; uma participação no capital social do Grupo St Marché, rede de varejo de alimentos no Brasil composta por lojas de supermercados que operam sob a marca “St Marché", loja de varejo de alimentos e bebidas que opera sob a marca “Eataly” e loja de supermercado que opera sob a marca “Empório Santa Maria”.
Femme ou GIP Medicina Diagnóstica S.A. - Empresa composta por cinco laboratórios de análise clínica e diagnósticos, operando sob a marca “Femme” na cidade de São Paulo. Os principais serviços prestados pela Femme são os de atividade médica na realização de exames complementares, em laboratórios clínicos, serviços de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizantes, serviços de ressonância magnética e serviços de diagnóstico por imagem sem uso de radiação ionizante. A Femme é controlada pela Casa de Gestão - CGI - Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e seus acionistas fundadores. (Blog Fusões & Aquisições)
Fleury compra a dona da Lafe
A empresa de laboratórios de análises clínicas e diagnósticos médicos Fleury anunciou ontem, 3 de dezembro, que fechou acordo para comprar a Newscan, dona da Lafe Laboratório de Análises Clínicas, por 170 milhões de reais. A Lafe atua na região metropolitana do Rio de Janeiro por meio de 32 unidades de atendimento. “Essa aquisição permitirá acelerar a expansão no mercado do Rio de Janeiro, complementando presença geográfica e ampliando a conveniência aos clientes”, afirmou o Fleury em comunicado. (Agência de notícias REUTERS - Aluísio Alves)
China confiante em fechar acordo com os EUA
A China manifestou confiança ontem na reunião dos G20, que acontece na Argentina, de que pode chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos, apesar das novas advertências do presidente Donald Trump de que pode impor mais tarifas se os dois lados não resolverem suas diferenças. As declarações do Ministério do Comércio da China seguem um período de relativa calma de Pequim depois que Trump e o líder chinês Xi Jinping chegaram a uma trégua temporária em sua guerra comercial em uma reunião durante um jantar em Buenos Ayres no sábado. Em uma breve declaração em seu site, o ministério disse que a China vai tentar trabalhar rapidamente para implementar questões específicas já acordadas, já que os dois lados "promovem ativamente o trabalho das negociações dentro de 90 dias, de acordo com um cronograma e roteiro claros". "Estamos confiantes na implementação", disse, chamando as últimas negociações bilaterais de "muito bem-sucedidas".
Acordo mutuamente benéfico em breve? Via Twitter, Donald Trump ofereceu a possibilidade de uma extensão da trégua, mas advertiu que as tarifas podem voltar à mesa se as negociações não renderem frutos. "As negociações com a China já começaram. A menos que sejam prorrogadas, elas terminarão em 90 dias a partir da data de nosso jantar com o presidente Xi na Argentina", publicou Trump em sua conta no Twitter. Ele disse que vai impor "grandes tarifas" sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos se seu governo não conseguir chegar a um acordo comercial efetivo com Pequim. O Ministério das Relações Exteriores da China encaminhou perguntas específicas ao Ministério do Comércio, que deve realizar sua coletiva de imprensa semanal nesta quinta-feira em Pequim. "Esperamos que as duas equipes de trabalho de ambos os lados possam, com base no consenso alcançado entre os líderes dos dois países, fortalecer as consultas e chegar a um acordo mutuamente benéfico em breve", disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. (Agência de notícias REUTERS - John Ruwitch)
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