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ÚLTIMAS NOTÍCIAS | Ano 11 | Edição 049


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“Amor, compaixão e preocupação pelos outros são verdadeiras fontes de felicidade.” (Dalai Lama)


Altruísmo e compaixão podem ser treinados

Sejam as mudanças climáticas e suas consequências, a crise de refugiados ou a distribuição injusta da riqueza, quando se busca soluções para esses desafios globais, as decisões dos indivíduos, como sua disposição de cooperar e realizar atos altruístas, são tão importantes quanto os acordos internacionais ou as leis nacionais. Isso é o que os especialistas chamam de "comportamento pró-social", embora o termo "altruísmo" seja bem mais conhecido do público. Como parece que estamos vivendo uma crise de sentimentos, seria muito bom se esse comportamento pró-social pudesse ser treinado, assim como o autocontrole pode ser treinado. Foi isso que se dispuseram a pesquisar um grupo de psicólogos da Universidade de Wurzburg e do Instituto Max Planck de Ciências Humanas Cognitivas e do Cérebro, da Alemanha.


O estudo da Universidade de Wurzburg – O grupo de psicólogos alemães realizou um estudo longitudinal que investigou a influência de vários treinamentos mentais sobre o comportamento pró-social ao longo de vários meses - estudo longitudinal é um método de pesquisa para analisar as variações nas características dos mesmos indivíduos ao longo de um longo período de tempo. O resultado é que um treinamento mental adequado pode efetivamente cultivar a compaixão, o comportamento motivado altruisticamente e mesmo a disposição em cuidar dos semelhantes. "Fomos capazes de demonstrar que a pro-socialidade humana é maleável e que diferentes aspectos da pro- socialidade podem ser melhorados sistematicamente através de diferentes tipos de treinamento mental," detalhou a professora Anne Bockler Raettig, coordenadora do estudo. Segundo ela, isso pode ser alcançado por meio de treinamentos que consistem em curtas práticas cotidianas, fáceis de implementar no dia a dia.


Treinamentos para o altruísmo e a compaixão - Ao longo de nove meses, os participantes passaram por diferentes tipos de treinamento mental baseados em meditação com o propósito de melhorar a empatia e o altruísmo. Um módulo de treinamento lidava com o aumento da atenção no momento presente e da consciência corporal, semelhante ao que é ensinado nas aulas de redução do estresse baseadas na mente alerta. Um segundo módulo focava em habilidades socioafetivas, como compaixão, gratidão e motivação pró-social. O terceiro módulo foi sobre a flexibilidade cognitiva e a capacidade de entender as perspectivas de outras pessoas. Todos os três tipos de treinamento apresentaram resultados entusiasmantes, lembrando que o comportamento pró-social é definido como um comportamento que custa algo para o indivíduo e é feito em benefício dos outros no nível individual ou de grupo.


Pouco se sabe sobre a pro-sociabilidade - Pesquisas sobre cooperação e altruísmo têm sido o foco de muitas disciplinas, da filosofia e psicologia até a matemática e economia, passando pela biologia evolutiva e pela neurociência. Ainda assim, "surpreendentemente, pouco se sabe sobre se e como as motivações altruístas humanas podem ser treinadas," ressaltou Raettig. Ela acredita que isso ocorre porque os modelos econômicos geralmente consideram a prossocialidade como uma preferência social estável, cuja maleabilidade os cientistas consideram irrelevante ao longo tempo, ou seja, que não varia. Este estudo mostrou o contrário, destacando que as pessoas podem ser treinadas para se importar mais com as outras. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Scientific Reports. (Diário da Saúde)


Google focará em saúde com inteligência artificial

Durante anos, a Alphabet permitiu que seus negócios criassem suas soluções de assistência médica sem impor uma estratégia abrangente. Como resultado, a empresa agora possui nada menos que seis companhias diferentes que buscam iniciativas de saúde sem um objetivo unificador:

1. Verily, principal negócio de saúde da Alphabet, é uma organização de pesquisa que sai dos laboratórios do Google X.

2. Calico é uma empresa de biotecnologia voltada para pesquisas antienvelhecimento.

3. DeepMind, empresa britânica de inteligência artificial da Alphabet, vem construindo produtos para a saúde desde sua aquisição.

4. Google Fit está desenvolvendo aplicativos Android e wearables e voltados para a saúde.

5. Nest está liderando os esforços domésticos conectados da empresa, que têm um componente de saúde digital.

6. Google Cloud lançou várias ofertas de assistência médica nos últimos anos.

Segundo a consultoria Forrester Research, até agora, as ambições de saúde da Alphabet eram sem liderança. “No entanto, a ameaça da Amazon fazer uma apropriação indiscutível no mercado de saúde deixou a empresa com pouca escolha a não ser organizar uma resposta”, diz Jeff Becker, analista sênior da Forrester.


Conferência de saúde interna da Alphabet - Em 7 de novembro, a Alphabet reuniu profissionais de saúde de todos os seus negócios em uma conferência de dois dias em seu campus principal. Durante o evento, anunciou que o CEO da Geisinger, David Feinberg, estava chegando à empresa para criar uma estratégia de saúde unificadora. A primeira pista de como a Feinberg poderia unificar a estratégia fraturada do setor de saúde do Google surgiu esta semana, quando a empresa anunciou que estaria absorvendo os produtos de saúde da DeepMind, sediados em Londres. A DeepMind tem funcionado como um negócio independente desde sua aquisição em 2014. O Google decidiu absorver a responsabilidade pelas ferramentas da DeepMind para que elas possam escalá-las para uso comercial e permitir que a equipe volte a pesquisar a AI.


Por que isso importa - O Google é um disruptor da indústria experiente. O Google Health foi um dos primeiros portais de pacientes nos EUA, mas nasceu antes do tempo e foi desativado em 2011 devido à falta de interesse do consumidor. O Google X explorou muitos avanços médicos empolgantes, incluindo lentes de contato como glicosímetros, mas até o momento nenhum produto chegou ao mercado. Apesar dos contratempos, a empresa passou anos contratando um quadro de líderes de saúde da elite e agora está mudando seu foco diretamente para o setor. As organizações de saúde precisam começar a pensar no Google como uma ameaça igual à da Amazon porque o Google tem uma equipe de saúde repleta de estrelas. Feinberg se junta a um grupo já seleto, incluindo o ex-CEO da Cleveland Clinic, Toby Cosgrove, que deixou seu cargo em julho passado para trabalhar na divisão de saúde do Google Cloud e o lendário geneticista Andrew Conrad, que lidera os negócios da Verily.


O Google e a IA na área da Saúde – O Google é um líder global de inovação em IA. A DeepMind está construindo ferramentas que limpam os dados de EHR para, por exemplo, identificar doenças renais mais cedo do que as atuais ferramentas de rastreamento. O “Microscópio de Realidade Aumentada” do Google usa a IA para ajudar os patologistas a identificar células cancerosas em biópsias de tumores. O programa Potencial de Ver do Google está usando AI para interpretar exames de retina para diagnosticar a retinopatia diabética mais rapidamente. O setor de saúde dos EUA investiu bilhões em soluções de tecnologia na última década, mas essas soluções falharam em grande parte no impacto do custo ou da qualidade do atendimento prestado. Se a nova vertical de saúde da Alphabet puder criar soluções que resolvam melhor esses problemas, elas serão atendidas com uma forte demanda do mercado. (Blog Fusões & Aquisições)


Turbulência na economia brasileira é 'página virada'

O economista-chefe do Grupo BP, Spencer Dale, disse que a turbulência na economia brasileira que levou à forte queda do Produto Interno Bruto em anos anteriores parece ser uma "página que está sendo virada". "Na medida em que olhamos para o futuro, esse caminho é promissor", disse, em conversa com jornalistas em São Paulo, na quarta-feira, 28. Dale disse não ser um especialista sobre Brasil, mas afirmou que a reação do mercado financeiro internacional foi bastante positiva após a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência.


Sobre a matriz energética brasileira - Questionado sobre eventuais riscos à diversificação da matriz energética do País diante do novo governo, Dale disse que o Brasil é um exemplo para o mundo, com mais de 40% do consumo de energia vindo de fontes não fósseis. "Vocês deveriam ficar orgulhosos pela maneira como estão lidando com isso. O Brasil tem de continuar a atingir seu potencial e para isso reformas precisam ser feitas. Eu acho que os mercados internacionais vão focar isso, em ver se o Brasil vai continuar nesse caminho e continuar com essas reformas", disse, sem destacar uma pauta específica.


Transformação na matriz energética do Brasil - O economista-chefe do Grupo BP afirmou que a matriz energética do Brasil deve passar por uma transformação nas próximas décadas, com recuo da participação das hidrelétricas e aumento do setor de energia eólica e solar. Citando projeções da BP para o Brasil, Dale disse que, em 2016, 42% da energia usada no Brasil foi proveniente de hidrelétricas ou outras fontes renováveis. Para 2040, a estimativa é de que o porcentual suba para perto dos 50%, com capacidade triplicada em energia solar, eólica e biocombustível. "Aqui no Brasil, o consumo de petróleo será estável, porque os carros estão ganhando mais eficiência. Mas achamos que a produção será maior", disse, apontando que hoje o número é de pouco menos de três milhões de barris por dia, total que eles esperam na casa dos quatro milhões de barris por dia até 2040 produzidos no Brasil, com maior participação do País na exportação.


Gás natural - Para o gás natural, a estimativa de Dale é de que a demanda dobre nos próximos 20 anos. "Mas também a produção vai crescer bastante. Talvez isso possa mudar o cenário e vocês se tornem auto-suficientes em gás também", disse. (Portal epocaengocios)

Biosev contrata banco para possível venda de usinas

A Biosev, fabricante de açúcar e etanol controlada pela trading Louis Dreyfus, contratou um banco de investimentos para buscar potenciais compradores para algumas ou todas as suas usinas no Brasil, diz uma fonte familiarizada com os planos. A Biosev contratou a unidade local do banco holandês Rabobank para explorar as oportunidades envolvendo suas nove unidades de produção no Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar do país, disse a fonte à Reuters. Semanas antes, a empresa vendeu as duas usinas que possuía no Nordeste do país, uma região de menor peso na produção de açúcar, por um total combinado de 273,6 milhões de reais. "Eles estão abertos a vender qualquer coisa, dependendo da proposta", disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque está envolvida em algumas das discussões com potenciais compradores e essas negociações incluem acordos de confidencialidade. A fonte recusou citar potenciais interessados, mas disse que estão incluídos fundos de investimento, empresas estrangeiras e algumas companhias locais.


Confirmação de dentro da Dreyfus - Um executivo da Dreyfus, falando sob condição de anonimato, disse que pelo preço certo, os acordos de compra e venda poderiam ser feitos. "Somos uma empresa que compra e vende commodities, e isso também vale para nossa carteira de ativos. Se uma oferta interessante aparecer, poderemos ter um acordo", disse ele. Um porta-voz do Rabobank disse que o banco não comentaria, citando "questões de confidencialidade". A Biosev, com dívidas de quase 6 bilhões de reais, enfrenta as mesmas dificuldades financeiras que seus rivais brasileiros após anos de baixos preços do açúcar e do etanol. No início deste ano, a Louis Dreyfus injetou 1 bilhão de dólares na empresa, enquanto a Biosev fechou um acordo com um grupo de bancos para estender os vencimentos de parte de sua dívida. Em junho, Biosev nomeou um novo CEO.


A venda da Usina Santa Elisa e das outras usinas da Biosev - Uma segunda fonte, consultora para investidores que buscam oportunidades no setor agrícola brasileiro, disse que a Biosev contratou um banco não identificado para explorar a venda da usina Santa Elisa, uma das maiores empresas de açúcar do Brasil, com capacidade para moer 6,1 milhões de toneladas de cana por safra. A Santa Elisa, fundada na década de 1930 pela família Biagi, uma das dinastias açucareiras mais conhecidas do país, é a segunda maior unidade da Biosev. A maior é a usina Vale do Rosário, com capacidade para esmagar 6,5 milhões de toneladas por ano, que a primeira fonte disse que também poderia ser vendida. A Dreyfus comprou o controle das duas fábricas em 2009. Além das usinas Santa Elisa e Vale do Rosário, a Biosev possui outras três usinas no Estado de São Paulo, principal produtor de cana do Brasil. Também opera fábricas em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A empresa possui um terminal portuário de açúcar no Guarujá. A Biosev é o segundo maior processador de cana do Brasil, atrás da Raízen, uma joint venture entre a Cosan e a Shell. Após a injeção de capital de 1 bilhão de dólares, a Dreyfus detém mais de 90 por cento das ações da Biosev. (Agência de notícias REUTERS - Marcelo Teixeira)


Compras no exterior têm regra nova para uso de cartão

O Banco Central anunciou em 29 de novembro mudanças nas regras do cartão de crédito internacional para compras no exterior. A partir de 1º de março de 2020, qualquer gasto no exterior estará sujeito a cotação na data da compra do produto. Hoje, a regra atual prevê que a cotação válida no dia do fechamento da fatura do cartão. A nova regra também é válida para os saques de cédulas nos caixas eletrônicos (ATM). De acordo com o Banco Central, a medida aumenta a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago, evitando o efeito da variação da cotação da moeda estrangeira entre o dia do gasto e o dia de pagamento da fatura.


Transparência - O BC informa ainda que a medida tem o objetivo de aumentar a transparência e a comparabilidade na prestação do serviço, padronizando as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas e terão que ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que rankings de taxas possam ser estruturados e divulgados. “Para a sistemática de fixação do valor em reais na data do gasto, a fatura terá que apresentar, além da identificação da moeda, a discriminação de cada gasto na moeda em que foi realizado e o seu valor equivalente em reais, as seguintes informações adicionais: data, valor equivalente em dólares (quando a moeda usada na compra for diferente de dólar) e a taxa de conversão do dólar para o real”, informa a nota do Banco Central.


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