O número de fusões e aquisições de empresas em 2019 é o maior em cinco anos. Essa e outras notícias?
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Fusões e aquisições aumentam
Transações envolvendo capital estrangeiro aumentaram 13% dos primeiros oito meses do ano, e levantamento feito pela PwC - PricewaterhouseCoopers revela que o número de fusões e aquisições de empresas em 2019 é o maior em cinco anos. A PwC Brasil explicou que as fusões e aquisições têm retorno financeiro no longo prazo, o que explica o maior volume em 2019. Ele também ressaltou que o investidor estrangeiro é mais cauteloso e deverá aguardar resultados mais concretos na economia brasileira. De acordo com o estudo da PwC, o volume de transações chegou a 530 de janeiro a agosto deste ano, contra 411 no mesmo período de 2018. Os dados deste ano mostram que 2019 tem o terceiro melhor desempenho desde 2002, ficando atrás apenas de 2014 (553) e 2012 (536). As operações aceleraram em agosto deste ano, com 170 novos anúncios. No mesmo mês de 2018, foram 51.
Crescimento econômico e melhoria de cenário - O sócio da PwC Brasil Leonardo Dell’Oso afirmou que o crescimento está relacionado às perspectivas mais positivas em relação à economia no médio e longo prazo. “O mercado está percebendo o retorno do crescimento econômico e melhoria do cenário, com mais privatizações e concessões, por exemplo. O investidor nacional, que entende a complexidade da nossa economia, está acelerando os movimentos estratégicos, visando aproveitar o crescimento que vem no futuro“, disse Dell’Oso. As operações envolvendo investidores nacionais corresponderam a 69% das aquisições e compras minoritárias, maior representatividade desde 2008. As transações envolvendo capital estrangeiro aumentaram 13% dos primeiros 8 meses do ano, na comparação de 2018 com 2019. Para o sócio da PwC Brasil, uma série de medidas ajudaram a melhorar as expectativas: a aprovação da PEC - Proposta de Emenda à Constituição do teto dos gastos, a reforma trabalhista, a lei de liberdade econômica, a provável aprovação da reforma da Previdência, a discussão da reforma tributária e o avanço das privatizações.
As operações em destaque - A expectativa da PwC é de que o número de operações ultrapasse o volume de 2014, que atingiu 879 fusões e foi recorde histórico. O volume dos primeiros 8 meses de 2019 representa 80% do total do ano passado. A maior parte das fusões e aquisições (64%) ocorreu no Sudeste. São Paulo responde por quase metade das operações, sendo 224 na capital e 34 no interior. Entre as operações de mais destaque de 2019 está a da alemã Allianz, que adquiriu operações de seguros da SulAmérica no valor de R$ 3 bilhões. Destaca-se também operação da Taesa, de transmissão de energia, com compra minoritária da Bipar Energia, envolvendo R$ 18 milhões.
M&As realizados em setembro – Foram realizadas 103 transações em setembro, com um crescimento de 19,8%, e investimentos de R$ 29,99 bilhões, representando um aumento de 92,3%, comparativamente ao mês anterior. O mercado brasileiro de fusões & aquisições continua aquecido, com crescimento de dois dígitos tanto no número de negócios como no montante dos investimentos. O acumulado de 2019, com 730 operações, apresentou um crescimento de 21,7%, e o montante dos investimentos com um aumento de 27,7%, alcançando R$ 251,1 bilhões. O terceiro trimestre deste ano registrou um crescimento de 11,5%, no volume de negócios, mas uma redução de 19,7% no montante dos investimentos, comparativamente com o trimestre anterior. O acumulado dos últimos doze meses sinaliza um crescimento de 1,6% do número de transações, com 968 operações, comparativamente com o mesmo mês do ano anterior. (Blog Fusões & Aquisições)
Eurofarma e Knight Therapeutics disputam a Biotoscana
A Advent e a gestora Essex estão em conversas avançadas para a venda do controle da empresa farmacêutica Biotoscana. A Eurofarma e a farmacêutica canadense Knight Therapeutics apresentaram propostas e uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas, segundo fontes ouvidas. Uma das fontes afirma que a Eurofarma está mais à frente no processo. Se confirmada, a transação deve desencadear uma OPA - Oferta Pública de Aquisição para as ações que estão no mercado. A farmacêutica é especializada em medicamentos de alta complexidade e tem participação no Brasil e em outros mercados da América do Sul, como Argentina, Colômbia e Uruguai. A sede da empresa, porém, fica em Luxemburgo, onde suas ações são negociadas em forma de Euro MTF, categoria que não possui supervisão do órgão que regulamenta o mercado financeiro no país, apenas da bolsa local.
O histórico da Biotoscana - Desde que estreou na Bolsa, há pouco mais de dois anos, a Biotoscana teve um desempenho trágico: o papel saiu a R$ 26,50 para despencar pela metade logo em seguida. Hoje, negocia na casa dos R$ 8, perto da mínima histórica. O bloco de controle da companhia detém 51,7% do capital, dividido entre a Advent (27,7%), a Essex (16,9%) e um grupo de executivos (7,1%). A companhia farmacêutica vende medicamentos para doenças como câncer, AIDS e hepatite C. Em vez de desenvolver drogas, a Biotoscana compra licenças de medicamentos de grandes grupos farmacêuticos que não veem a América Latina como um mercado prioritário e vai atrás das aprovações regulatórias para vender os medicamentos. Após a estreia na Bolsa, no entanto, a companhia deu prejuízo, perdeu a licença de medicamentos relevantes e sofreu brutalmente com a desvalorização cambial na Argentina, que representa quase um terço de suas vendas.
Interesse de grupos farmacêuticos - Depreciada, a empresa passou a despertar o interesse de grandes grupos farmacêuticos. Seu principal atrativo: sem precisar investir em pesquisa, a margem bruta é mais alta que a média do setor farmacêutico. “A Biotoscana é uma empresa que tem um potencial incrível dentro de casa, com produtos e pipeline já assinados, além de um valor de plataforma gigantesco, que pode ser destravado ao longo do tempo”, diz uma fonte próxima à companhia. “Esse ativo, na mão de um estratégico, vale muito dinheiro”. A farmacêutica Blau chegou a propor uma troca de ações, o que permitiria sua listagem na Bolsa num ‘IPO reverso’, mas as negociações não foram adiante porque os controladores da Biotoscana queriam cash. Outro player que demonstrou interesse inicial foi a DNA Capital, veículo de investimentos da família Bueno. A firma se juntou a Roberto Guttmann, um dos acionistas e conselheiro da Biotoscana, e, segundo uma fonte próxima das negociações, indicou que poderia fazer uma oferta mais agressiva se tivesse tempo para uma due diligence mais profunda. O prazo para as ofertas, no entanto, não foi estendido (Portal Brazil Journal - Natalia Viri)
Os drones e o agronegócio
A produção e a comercialização de drones estão em alta. Do ano passado para cá o número de empresas que produzem, desenvolvem softwares ou prestam serviços com drones quase triplicou no Brasil. O número de cadastrados aumentou 55% em um ano. Em 2019, o sistema de cadastros da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil conta com 71.561 drones cadastrados, sendo 26.016 profissionais e 45.545 recreativos. O agronegócio já representa 40% do total de drones no país. Nos últimos anos também cresceu o número de novas empresas voltadas para produzir tecnologia para os Vants - Veículos Aéreos Não Tripulados. São mais de 300 agtechs que trabalham inovando, e assegurando bons negócios e inúmeras vantagens para o produtor rural.
A oportunidade de se usar drones - A pulverização exerce papel muito importante em uma lavoura. Proteção contra pragas, doenças, insetos e a nutrição que a planta precisa para resultar em produtividade. Pulverizar é distribuir um determinado defensivo nas plantas em pequenas partículas, tentando alcançar o máximo da lavoura, seja com máquinas ou com pessoas. Nem sempre isto é possível pelo tamanho do equipamento, pela topografia do terreno e pela diferente incidência de pragas em diversos pontos do talhão. Na pulverização ocorrem riscos à saúde pelo contato com os produtos químicos e a demora na conclusão do trabalho, muitas vezes, realizado sem uniformidade. Nessa oportunidade é que os drones encontraram mercado. Primeiro o equipamento percorre a lavoura e identifica os locais onde há necessidade de se fazer a aplicação. Os produtos químicos usados posteriormente na pulverização podem ser aplicados apenas na área infestada. Os produtos biológicos também podem ser usados como, por exemplo, a distribuição de ovos de vespas em cápsulas biodegradáveis, que serão responsáveis pelo controle de pragas da lavoura.
A ARPAC - A ideia de utilizar drones na agricultura contagiou Eduardo Goerl. Formado em Administração de Empresas, o jovem tinha a aviação no sangue. Foi piloto de avião, e depois de um acidente, começou a pensar em como era perigosa a vida dos pilotos, inclusive os de aviação agrícola, com manobras e sobrevoos baixos. Dessa necessidade surgiu a ARPAC. A startup, situada em Porto Alegre, RS, se desenvolveu a partir de 2014 e começou a operar em 2016. Todo o material utilizado no processo é da empresa: o drone, o software que controla o voo e o código que comanda o software. A ARPAC atualmente atende 14 grandes empresas do agronegócio e a definição de valor é feita por hectare percorrido, com valor negociado empresa a empresa. Hoje as principais culturas atendidas são cana-de-açúcar, soja, café e frutas como uva e banana.
As vantagens de se usar drones - Entre as vantagens para o agricultor está a economia de defensivos usados, em geral 80% a menos,, maior agilidade e precisão na aplicação, com redução de custos de até 55% a menos que a aviação agrícola. Além disso, é feita a analisa da plantação, com imagens de alta definição, onde é possível identificar pragas e doenças, diferenças de cor que detectam fungos e até nematoides. O drone pode ajudar na análise de quais áreas da propriedade estão mais propícias para a semeadura e se pode acompanhar a safra, com voos regulares que captam imagens e ajudam avaliar o desempenho da lavoura no dia a dia.
Outros usos e vantagens – É possível monitorar e ver a qualidade de um pasto e saber em que pontos colher amostras de solo para análise. O drone pode identificar nascentes de água e apontar as coordenadas para se abrir uma nova estrada. Também pode ser utilizado na vigilância, sobrevoando e promovendo a segurança da lavoura, armazéns e divisas, bem como identificando eventuais pontos de incêndio. Os usos não atendem somente a agricultura. Na pecuária o drone pode ser usado para tocar a boiada, para monitorar, contar o gado e achar animais perdidos ou doentes.
Negócio milionário - A ARPAC é um bom exemplo da importância do drone para o agronegócio. A startup recém captou aporte de 1,3 milhões de reais para investir em expansão e promover suporte em cinco polos do agronegócio estratégicos em logística e divulgação direta ao produtor. Os locais são Jataí, em Goiás, Jaú e Piracicaba, em São Paulo, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Sorriso, no Mato Grosso. A empresa já contava com um aporte de R$1,2 milhão. Ao todo, o negócio já captou 2,5 milhões de reais. (Portal Agrolink)
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