Quem não sorria nas voltas rápidas do Ayrton?
Ligado nos adversários, o eficaz Senna saía no fim dos treinos conquistando poles e tirando a P1 fosse de quem fosse. Somente entre 1988 e 1989, Ayrton conquistou 26 pole positions em 32 GPs disputados.
Eficiência é operação. É fazer certo o que precisa ser feito. Foco na consequência (no sintoma). Já Eficácia é gestão. É fazer diferente (e, bem feito) a sua tarefa. O foco está na causa. É na Eficácia que notamos o famoso diferencial.
Portanto, o eficiente ri. E o eficaz, ri melhor.
Na Formula 1, ter superlicença e bolso largo podem nivelar em eficiência os pilotos do grid. Porém Ayrton entendia como ser eficaz, tanto na equipe, quanto na categoria. Na McLaren, protagonizou duelos com Alain Prost, nas pistas e nos bastidores. E é um exemplo a ser levado para corporações e entre concorrentes.
O novato não ria à toa
Senna ingressou na F1 em 1984, na Toleman. Foi com Senna (em 1985, 1986 e 1987) que a Lotus reconquistou sorrisos que não se notavam desde o Emerson Fittipaldi, nos anos 70.
Aliás, foi pilotando no lugar do Emerson (indicado pelo próprio Fittipaldi) que, em 1984, o Ayrton começa a compor visibilidade e reputação na Fórmula 1. No Nürburgring Champions Mercedes-Benz Cup, prova promocional da marca alemã para o novo 190E, o novato sagra-se vencedor e expõe sorrisos amarelos de campeões como Nikki Lauda, James Hunt, Jack Brabham, Alan Jones. Além do próprio, Alain Prost.
Em 1988, Senna foi para a McLaren, onde Prost, o “primeiro piloto” da equipe ( e bicampeão pelo time, em 1985 e 1986) ria à toa.
Experiência versus objetivos claros
Em 1988, a McLaren venceu 15 dos 16 GPs disputados (com 8 vitórias do Ayrton e 7 do Alain Prost). Havia naquele "mercado" uma regra: descarte dos piores resultados. Não fosse isso, Prost, mais regular em pontuar, seria campeão (105 pontos); e Ayrton, vice (94 pontos). Durante o campeonato, enquanto o experiente Prost foi eficiente, o obstinado Senna demostrou eficácia. Sorrindo, o brasileiro alcançou o seu primeiro campeonato mundial de Fórmula 1.
Funcionário do Ano
Em 1989, nos 16 GPs, Senna novamente obtém 13 poles vencendo 6 vezes. E, de caras amarradas, Prost e Senna, continuam disputando o protagonismo na McLaren.
Em Suzuka, a penúltima “reunião” do ano, os colegas se estranham numa chicane - Prost não abre para o Ayrton e eles batem. Prost abandona. Empurrado por fiscais, Ayrton vence mas logo é desclassificado: regras claras, não voltou por meios próprios e cortou caminho na chicane. Eficaz, rindo por último e melhor, estava o francês. Ainda na McLaren, Prost consagrou-se tricampeão mundial sobre o eficiente colega Ayrton.
Especula-se que ao não abrir para Senna, Prost desconta no brasileiro uma regra estabelecida pela equipe: de seus pilotos não disputarem posições na primeira volta - Ayrton teria desobedecido isso no GP da Itália em Monza, anterior, vencido pelo francês.
Além disso, sentindo-se preterido ao colega brasileiro pela equipe, antes do fim do campeonato (com anúncio oficializado em Monza), o francês já gargalhava para a concorrente Ferrari, por quem correria na temporada seguinte.
Segundo Peter Drucker, ser eficiente não significa - necessariamente - ser eficaz.
Em 1990, de lábios publicamente serrados um para o outro, Alain (na Ferrari) e Ayrton (McLaren) largam novamente no GP do Japão. Iniciada a prova, Senna mantém sua trajetória e Prost então bate. Ambos abandonam e, dessa vez, eficaz, Ayrton deu o troco no ex-colega, eficiente. Naquele ano, Senna sorriu o seu bicampeonato mundial.
E em Suzuka, nesse dia, eu me lembro bem, nós brasileiros rimos melhor. Mas não por último. Eficiência? Eficácia.
E vamos com tudo!
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Rodrigo N. Ferraz (rodrigo@upbeatconsulting.com.br), é headhunter e aconselhador de carreiras. Dirige a Upbeat Consulting, consultoria empresarial estratégica e é também navegador para profissionais que pilotam e desejam turbinar suas carreiras. Inclusive, nas transições.
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