Olá! Já reparou algumas coisas que sempre acontecem:
Pessoas que estão empregadas parecem "nadar de braçada" e são as preferidas nos processos seletivos;
Estas pessoas parecem não ficar aflitas, ansiosas ou se debatendo, mesmo que mergulhem no desemprego. E mesmo quando isso acontece ficam pouco tempo com a água no pescoço?
Há algum tempo venho discutindo estes temas com os profissionais que nos relacionamos aqui na Upbeat Consulting e olha só: profissionais ocupados (empregados ou não) têm foco em suas atividades diárias que os levarão à progressão para águas mais profundas de carreira. E não se afogam na falta de um melhor (ou apenas de um) salário que os remunere. Estes profissionais estão sempre à frente dos seus passes!
Assim, reflita:
Profissionais que conduzem buscas trabalhando (empregados ou ativamente trabalhando no seu passe) são mais tranquilos e menos ansiosos por resultados. Além disso, por "estarem estáveis" assim dizendo, tem mais consciência sobre sua própria continuidade de carreira (determinante para desafios progressivos e/ou mais longevos). Além de mais assertivos em negociações;
O que gera ansiedade é a falta de atividade e não a falta de remuneração. A falta de atividade te mantém "se debatendo" no problema. Além disso, remuneração é resultado, consequência de atividade. E não, causa. Saia à tona e respire!
Quando um profissional empregado procura um novo desafio, em geral, já sente alguma falta de perspectivas para o seu crescimento no atual empregador - seja esta financeira, em desafios estimulantes, ou ambos. E, à frente do seu passe, procura por outras águas para mergulhar! Assim, não abrindo mão do atual trabalho (que o remunera e que, especialmente, o ocupa), além de melhor barganha numa futura negociação, é muito mais paciente quanto ao tempo tomado para o resultado acontecer. E o mais interessante: a nova oportunidade acontece pois o profissional navega além do mar de "possibilidades" e mergulha nas águas da "probabilidade".
Costumo dizer que a busca pelo trabalho é um mergulho e tem três níveis:
a. responder ao que é anunciado, somente
Aqui se encontram em uma menção livre (só para facilitar o raciocínio) uns 80% do universo de desempregados. Estas pessoas ficam na superfície dos processos e não geram maior recall para os seus passes justamente porque não enxergam que podem ir além da passividade de apenas responder (fazer isso não é diferencial e sim obrigação).
Além disso, tendem - com o passar do tempo - ao envio de um número ainda maior de currículos preocupando-se cada vez menos com a sua aderência às vagas. Acabam se frustrando ainda mais pois com mais candidaturas menos aderentes e a autopercepção de mais currículos circulando, a falta de feedback ou os "nãos" só aumentam na mesma proporção.
b. aplicar-se aos processos com maior aderência ao perfil, não deixar o passe "solto" e abrir canais de comunicação com empregadores que possam ser transcendentes às candidaturas de vagas
Aqui temos um mergulho mais profundo mas nem sempre ainda suficiente para encontrar o novo desafio mais rápida ou eficientemente. Diria que 15% do universo de quem procura por trabalho está aqui. São profissionais que vão pouco mais além, que tem mais propósito em sua carreira e que notam que o processo de seleção é também uma potencial oportunidade para ampliar sua rede de relacionamentos. Assim, se você encontra-se neste time ou pensa em ir mais a fundo, dicas para aumentar o seu oxigênio no escafandro: troque cartões e esqueça a palavra entrevista.
c. Estar à frente do próprio passe, não depender de "vagas abertas" e procurar estabelecer interlocução com quem decide pela posição. Enfim, trabalhar no próprio passe e na recolocação como em um descritivo de cargo.
Acredito que se você fizer isso, passará da arrebentação e já se encontrará junto a uns 5% dos profissionais mais bem qualificados para a busca de oportunidades. Poucos são os "peixinhos dourados" que percebem que os alvos estabelecidos devem ser seus próprios e que demandas "escondidas" podem ser detectadas por esta forma. Aqui, muitas vezes processos nem chegam a ser abertos e você passará a interagir mais contundentemente com quem realmente DECIDE por sua contratação.
Acredite: profissionais que mergulham além, além da arrebentação descobrem - e ocupam- oportunidades com muito mais frequência. E você: vai continuar na marolinha? Ou quer nadar de braçada?
Vamos com tudo!
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Rodrigo N. Ferraz (rodrigo@upbeatconsulting.com.br), é headhunter e aconselhador de carreiras. Está no leme da Upbeat Consulting e traz à bordo profissionais que fisgam as melhores oportunidades. Inclusive, nas transições.
Upbeat Consulting | Upbeat MDC Consultoria Empresarial Ltda.
Executar transições eficazes entre disciplinas traz a vitória, no triathlon e nos negócios. Além do headhunting para vagas difíceis, desenvolvemos soluções estratégicas integrando capital humano, marketing e vendas. Maximizamos a performance e proporcionamos resultados campeões para os nossos clientes entre candidatos, consumidores e acionistas.
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