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ÚLTIMAS NOTÍCIAS | Ano 12 | Edição 037


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" O silêncio é um amigo que nunca trai.” (Confúcio)

Líder mundial de produtos feitos com maconha abre filial no Brasil

A canadense Canopy Growth decidiu abrir em São Paulo uma unidade da Spectrum Therapeutics, dedicada aos medicamentos feitos com maconha. No Brasil, ter acesso a medicamentos a base de maconha ainda é uma tarefa bem difícil. Atualmente, a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária permite o registro de medicamentos feitos com substâncias como canabidiol e THC - Tetrahidrocannabinol. Mas até agora só um produto importado conseguiu a regulamentação. A liberação para importar é demorada e o preço é proibitivo - um tratamento por três meses chega a custar R$ 2 mil. Tudo isso pode mudar a ANVISA aprovando a liberação da produção de maconha para fins medicinais e científicos, aberta à consulta pública na última terça-feira, 11. A nova regra prevê o plantio restrito a lugares fechados por empresas credenciadas. A ANVISA espera aprovar a regulamentação ainda este ano, mas há resistência dentro do governo federal. Essa é a aposta da empresa canadense Canopy Growth, líder mundial na produção e desenvolvimento de produtos à base de cannabis, que decidiu abrir em São Paulo uma filial da Spectrum Therapeutics, sua divisão dedicada aos produtos medicinais.


A Spectrum Therapeutics - Focada, ao menos inicialmente, na promoção de cursos e atividades para médicos e profissionais da saúde, e também no fomento e desenvolvimento de pesquisa, a Spectrum Therapeutics Brasil contou com um investimento de R$ 60 milhões, valor que segundo Jaime Ozi, Country Manager, poderia ter sido bem maior. “Na Colômbia, o investimento atual é de US$ 90 milhões. Poderíamos estar investindo esse mesmo valor aqui no Brasil, se a regulamentação permitisse a fabricação dos medicamentos”, afirma Jaime. Nesse sentido, o executivo acredita que a abertura da consulta pública da ANVISA é um passo importante, que pode atrair novos investimentos.


A Canopy Growth na América Latina - Em expansão na América Latina, a Canopy Growth já conta com atividades na Colômbia, Chile e Peru. Mas é no Brasil que está o maior mercado potencial de uso de cannabis medicinal. Pelos cálculos da empresa, cerca de 1,7 milhão de pacientes poderiam ser tratados com medicamentos desse tipo no país, embora, até agora, apenas 6 mil tenham sido autorizados a importar os remédios especialmente para o tratamento de dores crônicas, epilepsia, transtornos de ansiedade, depressão e esclerose múltipla. O tempo necessário para chegar a esse público permanece incerto. A Canopy aguarda o resultado da consulta pública da ANVISA. Caso a proposta seja aceita e regulamentada, a empresa iniciará uma nova investida, colocando em prática estratégias de desenvolvimento, fabricação e comercialização dos medicamentos a base de Cannabis sativa. (Portal Época Negócios)


Maconha medicinal tem cultivo aprovado pela ANVISA

A ANVISA aprovou na última terça-feira, 11 de junho, duas propostas de RDCs - Resoluções da Diretoria Colegiada que podem liberar o cultivo de maconha medicinal para indústria e ciência. Agora, a regulamentação para uso medicinal e científico e do registro de medicamentos produzidos com princípios ativos da planta passará por duas consultas públicas. Uma RDC trata dos requisitos técnicos e administrativos para o cultivo da planta por empresas farmacêuticas. A outra traz os procedimentos para o registro e monitoramento de remédios produzidos à base de Cannabis, seus derivados e análogos sintéticos.


Regulação rigorosa - As regras prevêem o monitoramento e a rastreabilidade dos medicamentos, desde o produtor, passando pelo transportador e drogarias, até o paciente. A regulação será rigorosa quanto à cadeia de produção, distribuição e consumo. De acordo com a ANVISA, as normas serão aplicáveis apenas a remédios cuja indicação terapêutica seja restrita a pacientes com doenças debilitantes graves e/ou que ameacem a vida e não tenham alternativa terapêutica. As consultas serão abertas a contribuições de empresas, universidades, órgãos de governo e de defesa do consumidor, além de profissionais de saúde e da população em geral.


Maconha legalizada - O uso da erva Cannabis sativa para fins terapêuticos é legalizado em 20 países, incluindo o Brasil desde 2015. A ANVISA também já concedeu, em 2017, o registro ao medicamento específico Mevatyl®, primeiro do país à base de cannabis. Mesmo não legalizando por completo, Alemanha, Bélgica e Jamaica liberaram a maconha para consumo pessoal e terapêutico.


O investimento da Canopy Growth no Brasil - Maior produtora de cannabis do mundo, a Canopy Growth Corporation aguarda a regulamentação para investir no país. Por meio da Spectrum Therapeutics, sua marca global para pesquisa, operações na área médica e distribuição de produtos medicinais derivados da cannabis, a companhia canadense, cujo valor de mercado beira os US$ 15 bilhões, acaba de inaugurar uma sede em São Paulo e tem planos de estabelecer uma operação fabril no país. Na Colômbia, onde esse passo já está sendo dado, os investimentos chegarão a US$ 150 milhões. (Portal Panorama Farmacêutico)


Amazon é a marca mais valiosa do mundo

A Amazon é a marca mais valiosa do mundo, segundo o ranking anual BrandZTM. Em relação ao ano passado, o valor da marca Amazon cresceu 52%, subindo duas posições e ultrapassando a Apple e o Google. A marca atingiu o preço de US$ 315,5 bilhões. Segundo David Roth, presidente da BrandZ, a empresa de Jeff Bezos expandiu seu mercado para além do e-commerce, impactando setores como saúde, alimentação, IoT e até cinema e séries de TV. “A proposta central da marca é remover o atrito em tudo o que uma pessoa precisa fazer, tornando mais fácil, rápido e barato todo o consumo cotidiano”, explica. Das dez marcas mais valiosas do planeta, oito são norte-americanas e duas da China (Alibaba e Tencent). Apenas duas entre as dez tiveram desvalorização em relação ao ano passado: Facebook (-2%) e Tencent (-27%). Nenhuma marca latino-americana figura entre as 100 principais.


As marcas mais valiosas do mundo

· Amazon: US$ 315,5 bilhões (+52%)

· Apple: US$ 309,5 bilhões (+3%)

· Microsoft: US$ 251,2 (+25%)

· Visa: US$ 177,9 bilhões (+22%)

· Facebook: US$ 158,9 bilhões (-2%)

· Alibaba: US$ 131,2 bilhões (+16%)

· Tencent: US$ 130,8 bilhões (-27%)

· McDonald's: US$ 130,3 bilhões (+3%)

· AT&T: US$ 108,3 bilhões (+2%)

(Portal Fusões & Aquisições - João Ortega)


Safra de grãos comprometida nos EUA traz momento oportuno para produtor do Brasil

As chuvas encharcaram os solos de plantio de milho e soja americanos, causando mal enraizamento. A logística está comprometida e há perda de produtividade. As dúvidas maiores agora são sobre a extensão da área que ficará sem ser plantada. Quanto aos preços, apesar da alta devido ao clima, nova pressão de baixa poderá vir da demanda fraca nos EUA e dos estoques elevados. Direto do Meio-Oeste norte-americano, em Hannibal, no Missouri, Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro, empresa que atua há mais de 25 anos no mercado de grãos no Brasil, prestando serviços de consultoria e ferramentas para negociação em Bolsa e na BM&F, relata os problemas da nova safra norte-americana. O executivo percorreu mais de 1600 km nos três últimos dias, tendo visitado quase a totalidade das regiões produtoras nos estados de Indiana, Ohio e Illinois, além de parte do Missouri. Os agricultores relatam preocupações não só com as chuvas excessivas e intermitentes, mas também com a reação do mercado. Embora os preços estejam subindo neste momento, a fraca demanda nos Estados Unidos pode pressionar as cotações novamente, mais a diante. "Os produtores tinham problemas de preços baixos por conta da guerra comercial com a China e agora não sabem se vão plantar sua safra totalmente devido ao clima, enquanto os preços estão subindo. Mas vão vender para quem?", diz Sousa, após conversas com alguns produtores do Corn Belt.


O clima e a nova safra - Mais grave, a situação do milho já sinaliza uma perda de produtividade considerável, o que na opinião do analista foi bem colocada pelo USDA - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em seu reporte mensal de oferta e demanda. E a situação ainda pode se agravar. "Muitas áreas de milho ainda estão debaixo d'água e esse milho não vai crescer, vai apodrecer e morrer. Então, a questão da produtividade é muito séria, além da área menor", explica Ginaldo. Na soja, há ainda cerca de 10 dias de janela de plantio, o que pode permitir um avanço considerável. No entanto, o limitante continua sendo o clima. As previsões ainda mostram muitas chuvas nesse período e o que mais se questiona agora é quanto dessa área faltante de soja ainda poderá ser plantada. Isso poderá ser conhecido em mais 10 dias. "Se o clima permitir, o agricultor planta nos próximos dias, mas não é isso que temos pela frente. O produtor vai ter que entrar julho plantando, e sabemos que essa produtividade é sempre menor do que quando se planta dentro da janela", lembra Sousa.


Outras dúvidas - Além do plantio, as dúvidas estão também sobre a qualidade que as lavouras irão apresentar durante o seu desenvolvimento. Há muitas áreas encharcadas, alagadas, problemas de germinação e enraizamento. "E se faltar chuva durante o verão, principalmente no fim de julho e agosto, vai complicar. Então, não temos uma safra definida, precisamos saber como será o clima lá para frente", diz Sousa. As previsões para agosto e setembro indicam chuvas normais e, com as condições de normalidade sendo confirmadas, a situação muda e as perspectivas também. A logística norte-americana também tem sido drasticamente atingida pelas chuvas excessivas, comprometendo uma série de terminais de escoamento de grãos, com os rios muitos cheios, portos fechados e impedidos de seguirem com seus trabalhos. As rodovias também estão bloqueadas em muitos pontos. "Isso, naturalmente, aumenta os fretes, aumenta tudo. Ainda bem que não é época de colheita, quando há muito volume para transportar. Espera-se que até lá as águas baixem. Esse ano está sendo algo extraordinariamente diferente, com chuvas excessivas", relata.


A reação do mercado - O atual momento para o mercado de grãos é de extrema volatilidade, porém, muito oportuno para o produtor brasileiro, como explica Ginaldo Sousa. "Tem que aproveitar a maré", diz o analista, lembrando da pressão que os preços podem sentir na medida em que a safra for sendo definida e questão da demanda fraca - sem a volta dos chineses ao mercado americano - novamente no centro das discussões. O mercado ainda tem potencial de alta, com o milho podendo chegar aos US$ 5.00 por bushel, mas sem grande espaço para muito mais do que isso, e a soja podendo buscar os US$ 10.00 - na relação com o milho. No entanto, o cenário é incerto e inspira cautela na comercialização. "O produtor brasileiro tem chances de pegar preços melhores, mas tem que ir aos poucos aproveitando. Procure fazer o seu melhor. É importante salvar aquilo que você tem nas mãos, porque esse mercado é bastante volátil", orienta o analista. (Portal Notícias Agrícolas - Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro)


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