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ÚLTIMAS NOTÍCIAS | Ano 12 | Edição 038


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"Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.” (Albert Einstein)

Ficar em casa é o novo sair

Ficar em casa é o novo sair, essa é a máxima de um grupo crescente de pessoas que têm aproveitado os benefícios da conveniência e valorizado o JOMO – do inglês, “Joy of missing out”, ou “a felicidade de deixar passar”. Otimizar a vida tendo isso em mente é prioridade para o novo consumidor. Eles passam cada vez mais a trabalhar em casa e por isso usam novas tecnologias, serviços e plataformas de streaming para transformar suas casas em centros de bem-estar, trabalho e entretenimento. A consequência desse movimento é que as pessoas estão gastando mais em casa e estão mais seletivas na hora de decidir onde e como devem usar o seu tempo. Dado o contexto, algumas indústrias em especial serão impactadas diretamente por este comportamento e devem se atentar para criar produtos, serviços e mensagens mais assertivas ao momento do seu público alvo.


A casa como santuário - Na era da ansiedade, a casa virou uma espécie de santuário, um refúgio para os que buscam momentos de tranquilidade, foco ou diversão sem preocupação. De máscaras faciais a aplicativos de meditação, a indústria do bem-estar ganhou um impulso extra ao se aliar com a conveniência. A exemplo das start-ups Peloton e Mirror, que vêm impactando o setor fitness, empresas que apresentam produtos que ajudam as pessoas a se exercitarem em casa com um programa personalizado e on demand estão ganhando relevância no mercado.


A Peloton, uma marca de Nova York, é dona da bicicleta mais vendida atualmente. Com uma tela sensível ao toque e um sistema operacional próprio, ela permite que o usuário acesse vídeo aulas e/ou aulas ao vivo. Ou seja, ele tem a experiência do spinning em casa. E como aluno, é possível participar das aulas indicando músicas, conversando com os professores ou ao ver a própria performance no gráfico ao lado dos outros participantes. Além da venda de bicicletas, a empresa também é dona de estúdios de gravação e renova diariamente seu conteúdo que pode ser visto ao adquirir o acesso mensal da plataforma.


A Mirror possui uma proposta parecida de ginástica em casa, porém com um diferencial: enquanto não está sendo usado, o espelho conectado se camufla na decoração. Sem precisar de um espaço ou cômodo especial para a prática dos exercícios, basta conectar o aplicativo ao device e escolher a modalidade da aula que deseja fazer.


Aumento no uso de máscaras faciais - Outro exemplo de como o simples ato de ficar mais em casa impacta a indústria do bem-estar, é o aumento do uso das máscaras faciais. Atualmente essa indústria gera uma receita de 268 milhões de dólares e possui uma projeção de aumento de 68% nos próximos 5 anos de acordo com a Zion Market Research. O mais interessante é que o uso desse produto não é feito apenas em momentos de autocuidado, mas também em encontro de amigos em um sábado à noite. Jovens ao redor do mundo estão marcando encontro com seus amigos para testarem diferentes máscaras, bater papo e tomar um vinho ao invés da balada de sempre.


Trabalho remoto - Quando esse é o assunto, além de ser um benefício atraente para a nova geração de profissionais, é também uma forma de economizar tempo e dinheiro. A medida que essa prática cresce, é possível perceber o crescimento de serviços e ferramentas que auxiliam a criar um ambiente confortável e ao mesmo tempo profissional. Quem costuma trabalhar de casa, constantemente se identifica com dilemas como não saber que roupa colocar para encarar o dia. Ficar de pijama dá a sensação de improdutividade enquanto a roupa social, desnecessária.


Roupas para ficar em casa - Parece pequeno, mas não é à toa que marcas como a Offhours vem ganhando espaço. Afinal, sua proposta é criar roupas confortáveis e com design para momentos de inatividade, como eles mesmos dizem. De acordo com o instituto Statista, o mercado de loungewear tem uma projeção de crescimento de 37% ao ano até 2023. E é por esse motivo que as marcas de vestuário têm uma ótima oportunidade, já que o público que trabalha remotamente busca o conforto, mas não quer abrir mão do aspecto profissional.


A estrutura do home office - Saindo das roupas, é preciso pensar na estrutura da casa para receber esse modelo de dia a dia. Pensar em móveis, cômodos que se adaptem para momentos de lazer ou de trabalho quando necessário é um grande diferencial. Um exemplo é a coleção do segmento “work from home” da Good Thing. Entendendo que nem toda casa tem um escritório e que muitas pessoas trabalham na mesma mesa que servem o jantar, a marca começou a colocar tomadas e entradas USD em todas as suas mesas a fim de facilitar a vida dos seus clientes.


TVs conectadas versus cinemas - Ao desenvolver a qualidade do ficar em casa cria-se o desafio para aqueles que vivem da experiência externa, como no caso do setor de lazer. Em 2017, o público dos cinemas na América do Norte chegou ao seu menor nível em 25 anos enquanto as TVs conectadas subiram 59%, de acordo com o site Box Office Mojo. Como passam cada vez mais tempo em casa, os consumidores estão investindo mais em tecnologias como smart TVs, internet e serviços de streaming. Isso influencia a jornada de consumo das pessoas que antes tinham uma lógica mais linear de compra. Entendendo que essa jornada mudou, a marca Missguided fez uma parceria com o reality show britânico “Love Island” fornecendo roupas e criando ativações no programa. Por meio do recurso “Click to Buy” (clique para comprar), o público podia comprar o que via na mesma hora usando um aplicativo no smartphone. De acordo com Kenyatte Nelson, CCO da marca, só com essa parceria a Missguided registrou um aumento de 40% das vendas no período.


Economizar tempo consumindo produtos e serviços - Estes são apenas alguns dos exemplos de como as motivações de consumo estão sendo influenciadas por conta da vontade de ficar mais em casa. O benefício de economizar tempo ao optar pela conveniência de consumir produtos e serviços é uma demanda de diversos grupos de pessoas, como pais que querem ficar mais com seus filhos ou jovens adultos que querem usar o tempo livre para fazer um novo curso por exemplo. Como qualquer outra mudança de contexto, isso significa uma série de oportunidades para uns e claro, desafios para outros. Afinal, fazer o cliente sair para gastar o seu tempo, está cada vez mais complexo.


Entender o novo comportamento das pessoas – É importante entender que esse comportamento muda a jornada de consumo dos clientes, e já que eles conseguem replicar em casa muitos aspectos da experiência de loja, é preciso se dedicar ainda mais para atraí-los aos espaços físicos ou fazer com que eles engajem com seu serviço ou produto. Entender o comportamento das pessoas é o primeiro passo para desenvolver produtos que sejam verdadeiramente relevantes e úteis para o dia a dia dos seus consumidores. (Portal Consumidor Moderno)


Extrafarma reduz ritmo de abertura de novas lojas

O Grupo Ultra, proprietário da rede de farmácias Extrafarma, promoveu uma série de mudanças com o objetivo de retomar rota histórica de crescimento. Como parte dessa meta, a rede varejista passou por uma revisão de estratégia, com a redução do ritmo de abertura de lojas. A empresa também adotou a bandeira da seletividade, o que inclui avaliar com mais rigor o retorno de suas unidades. De 2014 a 2017, a Extrafarma saltou três posições em faturamento no ranking da ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias. Porém, desde então ficou estagnada na sexta colocação. Comprada há cinco anos pelo Grupo Ultra, a rede conta com mais de 430 pontos de venda em 12 estados. No entanto, vem registrando resultados operacionais negativos nos últimos anos, atribuídos aos gastos elevados com novas unidades, atualização de sistemas de tecnologia e centros de distribuição.


Muito espaço para fusões e aquisições no varejo farmacêutico brasileiro – O presidente do Grupo Ultra, Frederico Curado, ressaltou que o foco atual da Extrafarma está no adensamento das praças onde a drogaria está presente, e na preparação da empresa para a próxima rodada de consolidação de ativos desse segmento. “Vai haver um ciclo de consolidação pela frente e a Extrafarma está se preparando para isso”, afirmou. O país tem 80 mil farmácias e menos de 10% respondem por 45% das vendas totais. Há muito espaço para aquisições de negócios, e até fusões”, finaliza. (Panorama Farmacêutico)


Valor da Produção Agropecuária supera 600 bilhões de reais

O resultado deve ser o segundo maior da história. O VBP - Valor Bruto da Produção Agropecuária deste ano, estimado em R$ 600,93 bilhões, está próximo ao recorde de 2017, quando alcançou R$ 604,16 bilhões, que foi o maior desde o início da série em 1989. A alta em relação ao fechamento do ano passado é de 1,4%. De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, uma vez que falta apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento. A pecuária vem liderando o crescimento, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantém estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado.


Os destaques da produção brasileira - “Há uma quantidade relativamente grande de produtos que vêm apresentando bom desempenho”, destaca Gasques. “Mas os de maior destaque são algodão, amendoim, banana, batata inglesa, feijão, laranja, milho, tomate e trigo”. Alguns se recuperaram na comparação com 2018. “Cabe observar que os resultados favoráveis de feijão e milho devem-se à segunda safra do milho, que teve aumento excepcional de produtividade, e à segunda e terceira safras do feijão”. Na pecuária, o crescimento deve-se principalmente a bovinos, suínos e frangos. Entre esses, o destaque maior é do frango, com crescimento de 13% no valor da produção. As duas atividades com pior resultado são leite e ovos, ambos com redução do VBP.


Produtos com redução de faturamento - São o café (23,8%), Arroz (7,5%), cana-de-açúcar (5,4%), mandioca (9,6%), soja (13,6%) e uva (5,4%). A maior redução absoluta ocorreu em soja, na ordem de R$ 20 bilhões. “São poucos produtos, mas com peso enorme no valor da produção”, observa o coordenador. “Esses vêm afetando negativamente o resultado do Produto Interno Bruto agropecuário, como o IBGE apresentou nas Contas Nacionais ao divulgar os dados do primeiro trimestre. Preços maiores do que os do ano passado têm sido observados em diversos produtos. Isso vem ocorrendo, principalmente, com amendoim, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, laranja e tomate. Com exceção de amendoim e laranja, os outros têm variação de preços determinada principalmente pela estacionalidade.


Desempenho regional - Como mostrado em relatórios anteriores, os resultados regionais do VBP mostram a liderança do Centro-Oeste, com valor de R$ 171 bilhões, Sul, R$ 148,8 bilhões, Sudeste, R$ 146 bilhões, Nordeste, R$ 57, e, o Norte, R$ 35,7 bilhões. Entre os estados, a liderança é de Mato Grosso, com VBP de R$ 91 bilhões. (Portal Brasil Agro)


Biosev sem açúcar e sem afeto

A iminente venda da usina Estiva, no Rio Grande do Norte, deverá ser um dos últimos atos de Juan José Blanchard como presidente da Biosev. Informações que circulam na própria companhia apontam para a saída de Blanchard do comando do braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus. Os franceses perderam a paciência com um dos negócios mais deficitários do grupo em todo o mundo. A Biosev opera no vermelho há oito anos seguidos. Somente na safra 2018/19, encerrada em março, as perdas chegaram a R$ 1,2 bilhão. A crescente alavancagem contribui para a corrosão das suas finanças. Em um ano, a relação dívida líquida/Ebitda subiu de duas para três vezes. (Relatório Reservado)


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